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Notícias que inspiram

A arte de costurar o bem

Ex-contadora comprova que o exemplo que se dá sempre é um comportamento que contagia

Por Jucimara Lima

15 de novembro de 2021, às 08h40 • Última atualização em 15 de novembro de 2021, às 08h41

Já falamos aqui no Notícias que Inspiram que a solidariedade é uma lição que também aprendemos em casa, afinal, como diz aquela máxima antiga, “a palavra convence, o exemplo arrasta”. Dona Neide Righi Zaidan é um bom espelho desse conceito. Nascida em Piracicaba no dia 19 de maio de 1926, ela sempre foi uma pessoa caridosa.

Mãe de dois filhos, católica fervorosa e praticante, dona Neide foi uma mulher à frente do seu tempo, pois, estudou, se formou contadora e atuou durante anos nos negócios da família Maluf, algo pouco comum naquela época, quando as mulheres costumavam se dedicar única e exclusivamente para a família.

Dona Neide Righi Zaidan sempre foi uma pessoa caridosa – Foto: Arquivo pessoal

Ainda assim, com diversos afazeres para dar conta, a matriarca sempre dedicou momentos para pensar no próximo. “Ela arrecadava roupas, enxoval de bebês, brinquedos para doação a instituições de caridade e muito mais”, conta a filha primogênita Eliana Zaidan Brasil, moradora de Americana, que também é adepta das boas causas e desde criança se acostumou a ver a mãe atuando em prol do próximo.

Aliás, para dona Neide, apenas auxiliar nunca foi suficiente. Sendo assim, toda a roupa que ela arrecadava para doação, acabava fazendo questão de melhorar. De acordo com a filha, enquanto a roupa não estivesse “a seu gosto”, ela não se tranquilizava.

Lavar, passar, dobrar, pregar botões que estivessem faltando, consertar as barras e possíveis furinhos, trocar elásticos, enfim, ela só repassava para as entidades quando tudo estivesse rigorosamente impecável.

“Para doar tem que estar em ordem, limpo e em condições dignas de uso”, comenta dona Neide, que no momento está impossibilitada de fazer suas costuras reparadoras por conta de alguns problemas de saúde. Mesmo assim, faz questão de deixar um recado: “Sempre faça caridade. Caridade e mais caridade. Pode ter certeza que nunca é demais”.

Inspiração vem de casa

Orgulhosa da grande mulher que é sua mãe, Eliana conta que sempre se inspirou nessas lições aprendidas em casa, e que a solidariedade é algo presente no DNA da família desde a saudosa avó, Philomena Scroca Righi (que viveu até os 103 anos), mãe de dona Neide, que também agia da mesma forma. “Hoje espero poder estar passando esse legado para os meus filhos e netos”, comenta.

Dona Neide é o orgulho da filha Eliana, que segue o exemplo dela para promover ações sociais – Foto: Arquivo pessoal

Seguindo esse caminho há 38 anos, Eliana se dedica ao projeto “Sacolinhas de Natal da Apam”. “Todo ano penso que está na hora de parar, porque estou cansada, mas quando vai chegando perto do Natal, sinto uma necessidade imensa em ajudar. Uma vez ouvi uma amiga dizendo que o Natal não era o Natal sem nosso projeto. Isso, somado ao exemplo da minha mãe, vai me incentivando a servir e dando forças para continuar”, revela.

Em 2021, assim como no ano passado, devido às dificuldades causadas pela pandemia, as sacolinhas precisaram ter os itens ajustados e seu conteúdo contará apenas com um brinquedo, além de uma caixa de bombom ou guloseimas.

“Quem quiser colaborar, as doações poderão ser feitas até 10 dezembro, e tenham a certeza: sua ajuda fará pelo menos uma criança feliz nesse Natal”, ressalta a voluntária.

Atualmente a Apam (Associação de Promoção e Assistência de Americana) faz o atendimento a 140 crianças entre seis meses e quatro anos. Para quem sentir o desejo de ajudar, o contato é (19) 99788-6662. Confirmada, a festa de distribuição com a presença do Papai Noel acontecerá dia 13 de dezembro.

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