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Exoneração

Nelson Teich pede demissão; general assume Ministério da Saúde

Segundo documento enviado pelo ministério, uma entrevista coletiva sobre o assunto ocorrerá na tarde desta sexta-feira

Por Agência Brasil e Agência Estado

15 de maio de 2020, às 12h23 • Última atualização em 15 de maio de 2020, às 15h17

O Ministério da Saúde informou que Nelson Teich pediu exoneração na manhã desta sexta-feira (15) do cargo de ministro. Ele iria completar um mês à frente da pasta amanhã (16).

No comunicado, a pasta não esclarece o motivo da saída, mas informa que uma coletiva de imprensa será marcada para esta tarde.

Nelson Teich durante a 33ª reunião do Conselho de Governo, na terça-feira (12) – Foto: Marcos Corrêa / PR

O secretário executivo da pasta, general Eduardo Pazuello, assume interinamente o cargo de ministro.

A informação, antecipada pelo Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), foi confirmada pelo Ministério da Saúde em nota oficial.

Menos de um mês

O médico havia assumido o ministério no dia 16 de abril, após a saída de Luiz Henrique Mandetta.

Mandetta e o presidente Jair Bolsonaro divergiam sobre os caminhos para o combate à pandemia do novo coronavírus no país, como as medidas de isolamento social e o uso da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes.

Repercussão

Questionado sobre a renúncia do ministro da Saúde, o diretor-executivo da Organização Mundial da Saúde, Mike Ryan, se limitou a dizer que está ciente da alta no número de novos casos no Brasil e evitou fazer comentários específicos sobre a situação política no País.

“É crucial que haja coerência e coesão na abordagem da sociedade e da governo, especialmente em grandes federações, onde as comunidades precisam ouvir uma mensagem consistente das lideranças em todos os níveis”, afirmou, durante coletiva de imprensa, em Genebra, na Suíça.

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, afirmou que a saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde confirma o que todos os brasileiros já sabem, que o governo do presidente Jair Bolsonaro “não tem planos factíveis para combater a pandemia que ameaça o País.”

“Ao invés de buscar soluções, o presidente tem preferido desmoralizar agentes públicos e confrontar governadores e prefeitos que realmente fazem o trabalho de combate à doença. Enquanto milhares morrem perdemos tempos em políticas de tentativas e erro. A sociedade, apreensiva e perplexa, merece mais respeito, mais seriedade, menos desgoverno, menos absurdo”, diz Araújo em nota.

Protestos

Assim como aconteceu após a demissão de Luiz Henrique Mandetta, o anúncio da saída de Teich provocou panelaços imediatos no Rio de Janeiro.

Vários bairros, principalmente da zona sul da cidade, registraram as manifestações, que incluíram gritos de “Fora Bolsonaro”, “canalha”, “assassino” e “genocida”.

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