25 de abril de 2024 Atualizado 23:44

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Política

Comando da CPI diz em nota que fala de Bolsonaro vem com atraso fatal e doloroso

De acordo com o texto, o Brasil esperava de Bolsonaro o tom em favor das vacinas em 24 de março de 2020

Por Agência Estado

02 de junho de 2021, às 22h24 • Última atualização em 03 de junho de 2021, às 09h30

Presidente fez um pronunciamente em tv aberta e rádio na noite de quarta-feira prometendo vacinar toda população até o fim de 2021 - Foto: Anderson Riedel - PR

O comando da CPI da Covid-19 no Senado afirmou na noite deste quarta-feira, 2, em nota pública, que o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em cadeia nacional de rádio e televisão é “consequência do trabalho da comissão e da pressão da sociedade brasileira que ocupou a rua contra o obscurantismo”. A nota diz, no entanto, que a fala de Bolsonaro vem com “um atraso fatal e doloroso”.

O comunicado é assinado pelo presidente do colegiado, senador Omaz Aziz (PSD-AM), pelo vice-presidente, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e pelo relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Em apoio à nota, também assinam os seguintes membros da CPI: Otto Alencar (PSD-BA), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Braga (MDB-AM), titulares, e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Rogério Carvalho (PT-SE), suplentes.

De acordo com o texto, o Brasil esperava de Bolsonaro o tom em favor das vacinas em 24 de março de 2020, “quando inaugurou-se o negacionismo minimizando a doença, qualificando-a de ‘gripezinha'”. “Um atraso de 432 dias e a morte de quase 470 mil brasileiros, desumano e indefensável. A fala deveria ser materializada na aceitação das vacinas do Butantan e da Pfizer no meio do ano passado, quando o governo deixou de comprar 130 milhões de doses, suficientes para metade da população brasileira”, diz a nota.

Para o comando e os integrantes do colegiado, o pronunciamento do presidente da República, embora sinalize um recuo no negacionismo, vem tarde demais. “Optou-se por desqualificar vacinas, sabotar a ciência, estimular aglomerações, conspirar contra o isolamento e prescrever medicamentos ineficazes para a Covid-19”, afirmam. Os senadores encerram o comunicado lamentando as mortes pelo novo covonavírus que poderiam ser evitadas.

Mais cedo, em pronunciamento na TV, Bolsonaro disse que todos os que quiserem terão vacinas em 2021 e fez um balanço de seu governo até agora. Durante a fala, foram registrados panelaços em várias cidades.

Publicidade