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Mundo

Israel dispara contra torre de vigia da ONU e fere dois soldados da missão da Unifil no Líbano

Por Agência Estado

10 de outubro de 2024, às 19h33

Forças israelenses dispararam contra três posições da ONU no sul do Líbano nas últimas 24 horas, informou a organização nesta quinta-feira, 10. Em um dos ataques, contra uma torre de vigia da ONU na cidade de Naqoura, no sul do Líbano, dois soldados da paz ficaram feridos, segundo a organização, e o episódio gerou condenação por parte de aliados de Israel, como Estados Unidos e Itália.

“Esta manhã, dois soldados da paz ficaram feridos depois que um tanque Merkava das FDI (Forças de Defesa Israelense) disparou sua arma em direção a uma torre de observação na sede da Unifil em Naqoura, atingindo-a diretamente e fazendo-os cair”, disse a ONU em comunicado.

Segundo a organização, os soldados atingidos não tiveram ferimentos graves, mas permanecem no hospital.

As forças de paz da ONU estão presentes no sul do Líbano para apoiar o retorno à estabilidade sob um mandato do Conselho de Segurança de 2006.

Qualquer ataque deliberado às forças de paz é uma violação grave do direito internacional humanitário e da resolução 1701 do Conselho de Segurança, de acordo com a Unifil, que é a Força Interina da ONU no Líbano.

A Unifil ainda afirmou que, na quarta-feira, 9, soldados israelenses “atiraram deliberadamente” em duas outras posições próximas, atingindo a entrada de um bunker onde as forças de paz estavam abrigadas em Ras Naqoura e danificando veículos e um sistema de comunicação.

As Forças de Defesa de Israel disseram em uma declaração que o Hezbollah “opera de dentro e perto de áreas civis no sul do Líbano, incluindo áreas perto da Unifil” e que as tropas das FDI operando perto da base em Naqoura “instruíram as forças da ONU na área a permanecerem em espaços protegidos”.

Os Estados Unidos se disseram “profundamente preocupados” com as informações dos disparos israelenses, disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano.

“Entendemos que Israel realiza operações seletivas perto da Linha Azul para destruir a infraestrutura do Hezbollah”, disse o porta-voz, referindo-se à linha de demarcação entre Israel e o Líbano. Mas, acrescentou, “é fundamental que não ameacem a segurança das forças de paz da ONU”.

O ministro da defesa italiano, Guido Crosetto, disse na quinta-feira que os “atos hostis… das FDI podem constituir crimes de guerra”, enquanto Micheál Martin, ministro das Relações Exteriores da Irlanda, disse em uma publicação no X que era “repreensível e inaceitável ferir soldados da paz”.

Crosetto disse que entrou em contato com seu colega israelense para condenar a ação e também convocou o embaixador israelense na Itália para exigir uma explicação, segundo a agência Reuters.

Autoridades israelenses há muito criticam a Unifil como uma missão ineficaz, preocupada em monitorar pequenas violações de fronteira em vez de impedir que militantes se entrincheiem no sul. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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