Ex-presidente
Collor pede desculpas por confisco da poupança após 30 anos
Pelo Twitter, o agora senador disse que acreditou que as medidas radicais poderiam conter a inflação em 1990
Por Agência Estado
18 de maio de 2020, às 14h57 • Última atualização em 18 de maio de 2020, às 16h26
Link da matéria: https://liberal.com.br/brasil-e-mundo/economia/collor-pede-desculpas-por-confisco-da-poupanca-apos-30-anos-1209442/
O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello pediu perdão nesta segunda-feira (18) pelo confisco de saldos de cadernetas de poupança e contas correntes em março de 1990. Pelo Twitter, o agora senador disse que acreditou que as medidas radicais poderiam conter a inflação.
O pedido de desculpas acontece mais de 30 anos após o anúncio do Plano Collor 1, em 16 de março de 1990. “Acreditei que aquelas medidas radicais eram o caminho certo. Infelizmente errei. Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas pelo bloqueio dos ativos”, escreveu.
Collor disse que o objetivo central de sua equipe era conter a hiperinflação de 80% ao mês e que não via alternativa viável na época. A situação econômica do País, segundo ele, prejudicava os mais pobres e as “pessoas estavam morrendo de fome”.
“Era uma decisão dificílima. Mas resolvi assumir o risco. Sabia que arriscava ali perder a minha popularidade e até mesmo a Presidência”, diz a publicação. “Quisemos muito acertar. Nosso objetivo sempre foi o bem do Brasil e dos brasileiros.”
Nas últimas semanas, o ex-presidente tem reforçado sua presença nas redes sociais e abriu espaço para internautas enviarem perguntas. “Respondo toda e qualquer questão, mas o volume tá muito grande e vou aos poucos.”
Podcast Além da Capa
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