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Covid-19

Secretário alerta que nova cepa atinge jovens com mais gravidade

Americana investiga possível infecção por variante em moradora da região central; caso está sendo investigado pelo Adolfo Lutz

Por Marina Zanaki

17 de fevereiro de 2021, às 18h48

Governo paulista reforçou aos prefeitos que São Paulo possui 7.415 pacientes internados em UTIs - Foto: Governo do Estado de São Paulo

Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn alertou que a variante brasileira do novo coronavírus (Covid-19) está ligada a casos graves entre jovens e à alta transmissibilidade.

As declarações foram feitas durante coletiva de imprensa desta quarta-feira com base nos relatos feitos pelas autoridades de saúde do Estado do Amazonas, e dos municípios paulistas de Jaú e Araraquara.

“O que tem chamado a atenção, algo que não víamos na primeira cepa identificada no Brasil, é que pacientes jovens, sem doença de base, estão apresentando formas graves e morrendo. Então é muito importante que aquelas pessoas que até hoje negligenciaram, dizendo ‘só vou perder olfato e paladar’, saibam que podem perder também a vida”, alertou o secretário.

A cidade de Araraquara decretou lockdown e enfrenta colapso do sistema de saúde, com 100% dos leitos ocupados. Na terça-feira, ao menos 16 pacientes aguardavam vaga para internação. O governo de São Paulo anunciou a abertura de 70 novos leitos na cidade.

“Temos observado tanto em Araraquara, em Jaú, e nos relatos feitos pelo secretário do Estado do Amazonas, a velocidade de instalação do vírus em cada uma dessas localidades, mostrando a infectividade, a capacidade de se transmitir de pessoa para pessoa”, afirmou Gorinchteyn.

O secretário disse que tem “orientado” um rastreio aleatório de amostras positivas de coronavírus para identificar se há variantes circulando em outras regiões de São Paulo. No total, o estado identificou 25 casos da cepa do Amazonas, dos quais 16 são autóctones (por transmissão comunitária, sem relação com viagens).

Suspeita foi levantada após alterações em exame

Americana investiga um caso suspeito de variante em uma mulher de 39 anos, moradora da região central.

A Vigilância Epidemiológica revelou que a suspeita que essa contaminação pode se tratar de uma variante foi levantada pelo laboratório particular em Sumaré que realizou o exame RT PCR. Segundo a prefeitura, o laboratório identificou alterações no exame da paciente.

O Instituto Adolfo Lutz está realizando a análise dessas alterações e vai emitir um laudo informando se, de fato, trata-se de uma variante do coronavírus, assim como a qual linhagem pertence esta cepa.

A paciente viajou para o Estado da Bahia, retornou à cidade no dia 14 de janeiro e começou a apresentar sintomas leves, como calafrios e febre moderada.

A Vigilância Epidemiológica informou que a mulher permaneceu em isolamento domiciliar e nenhum morador próximo ao seu local de residência testou positivo para coronavírus. A paciente não precisou ficar internada, já se restabeleceu da doença e não apresentou sequelas.

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