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Covid-19

No interior, igreja católica é multada por desrespeito a plano emergencial

Em Araraquara, igreja celebrava o 'Domingo de Ramos', que faz parte das celebrações católicas durante a Semana Santa

Por Agência Estado

29 de março de 2021, às 07h51 • Última atualização em 29 de março de 2021, às 07h52

No interior de São Paulo, uma igreja católica foi autuada neste domingo por descumprir as regras mais rígidas de controle à pandemia. Em várias cidades do interior foram realizadas operações contra festas clandestinas e eventos com aglomerações, além da fiscalização do comércio.

Em Araraquara, após ser acionada por denúncia anônima, a Guarda Civil Municipal flagrou uma celebração religiosa com dezenas de pessoas na igreja de São Geraldo, no bairro do mesmo nome. A igreja celebrava o ‘Domingo de Ramos’, que faz parte das celebrações católicas durante a Semana Santa.

Um decreto em vigor na cidade proíbe missas e cultos religiosos com a presença de público, à exceção de atividade interna para produção de vídeos, com no máximo cinco pessoas, além da metade dos funcionários da igreja.

A prefeitura informou que os agentes municipais fizeram um boletim de ocorrência e a igreja será multada. A multa prevista para esse tipo de aglomeração é de R$ 6.029. A reportagem procurou o pároco da igreja, mas foi informada de que ele só poderia ser encontrado nesta segunda-feira, 29.

A Diocese de São Carlos confirmou o acontecido e disse que o padre agiu por decisão própria. “A Diocese de São Carlos reafirma a sua opção preferencial pela vida neste tempo de pandemia, relembrando os fiéis e padres sobre o que há fora decretado: cada paróquia respeite e acolha as determinações sanitárias de cada município”, disse, em nota.

Ainda em Araraquara, na noite de sábado, 27, a Polícia Militar interrompeu uma festa de aniversário com cerca de 30 pessoas no bairro Selmi Dei. Houve reação e o proprietário da casa, além de um convidado, foram levados ao plantão da Polícia Civil.

Conforme o decreto municipal, reuniões familiares com mais de cinco pessoas são consideradas aglomerações e sujeitas à multa de R$ 6 mil. No horário da festa, a cidade estava em toque de recolher, com a circulação de pessoas proibida. O dono da casa e o convidado vão responder por desacato, infração de medida sanitária preventiva e desobediência.

Em Araçariguama, um grupo de turistas foi retirado da Praça do Avião, um dos locais turísticos da cidade, na manhã deste domingo. As pessoas alegaram que estavam usando máscaras, mas a equipe da Guarda Civil Municipal entendeu que havia aglomeração.

Um comboio de carros antigos que havia parado no local foi escoltado até a divisa de Pirapora do Bom Jesus. Após ser esvaziada, a praça foi interditada com faixas de segurança.

Na noite de sábado, em Campinas. a fiscalização da Vigilância Sanitária lacrou uma chácara no Jardim Novo Sol, após constatar que o local estava sendo preparado para uma rave, com caixas de som a estoque de bebidas alcoólicas. Cerca de 15 pessoas faziam os preparativos para o show quando a equipe chegou.

A festa havia sido anunciada em redes sociais. O organizador foi multado em R$ 6 mil. Na cidade, que decretou toque de recolher, 33 estabelecimentos comerciais foram fechados no fim de semana e oito foram lacrados, ou seja, só podem reabrir quando houver mudança para fase menos restritiva.

Festas clandestinas foram fechadas também em outras cidades do interior. Em Botucatu, das 30 pessoas que estavam no evento, na madrugada deste domingo, 16 não usavam máscaras e foram multadas em R$ 600 cada uma.

O dono do imóvel alugado para a festa recebeu multa de R$ 6 mil. Em Capivari, no sábado à noite, uma festa clandestina, com bebidas alcoólicas, reunia 19 adolescentes com idade entre 15 e 7 anos, e uma criança de 11 anos. O organizador do evento, divulgado em redes sociais, é menor de idade e sua mãe foi chamada para prestar depoimento à Polícia Civil.

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