COVID-19
Vacinação de grávidas e puérperas será retomada na próxima segunda-feira
Anúncio foi feito pelo governador João Doria e imunização começa na segunda-feira (17)
Por Pedro Heiderich
12 de maio de 2021, às 14h17 • Última atualização em 12 de maio de 2021, às 16h20
Link da matéria: https://liberal.com.br/brasil-e-mundo/brasil/estado-faz-remanejamento-e-garante-vacinacao-de-gravidas-e-puerperas-1513506/
O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (12) a retomada da vacinação contra o coronavírus (Covid-19) das grávidas e puérperas (mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias) com comorbidades, após suspensão do uso da vacina da Fiocruz/AstraZeneca.
“Preocupados com a imunização das grávidas, orientamos para que a partir de segunda-feira elas possam ser vacinadas em todo o Estado de São Paulo. Isso será possível por conta do remanejamento da vacinação e entrega de novas doses da vacina do Butantan e da Pfizer realizadas hoje”, afirmou.
A imunização de grávidas e puérperas estava prevista para começar na terça-feira (11), mas foi suspensa pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com as vacinas da Fiocruz/AstraZeneca especificamente para as mulheres com estes perfis.
A Anvisa havia feito recomendação ainda na noite de segunda-feira (10) para não usar a vacina da AstraZeneca em grávidas. Na região, Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste suspenderam na terça (11) a imunização para o grupo.
Americana, por precaução, também suspendeu a vacinação das puérperas. No fim da noite, o Ministério da Saúde e Anvisa suspenderam temporariamente a vacinação das grávidas e puérperas em todo o país.
Nesta quarta (12), o Governo do Estado assegurou a vacinação das grávidas e puerperas a partir da semana que vem, na segunda-feira (17).
A data de retomada foi definida graças ao remanejamento da vacinação e entrega de mais doses da vacina do Butantan ao Ministério da Saúde na manhã desta quarta e à chegada de mais imunizantes da Pfizer a São Paulo.
No total, 100 mil gestantes e mulheres adultas (com 18 anos ou mais) que tiveram partos recentes poderão se vacinar com estes dois tipos de vacinas.
O Governo Federal sinalizou que emitirá nota técnica com relação às gestantes que já receberam a primeira do imunizante, aponta o Estado.
“O planejamento permite que a gente reabra para este grupo que ontem logo pela manhã foi suspenso. Faremos agora com a vacina do Butantan e o município de São Paulo também tem a da Pfizer”, explicou a Coordenadora Geral do Programa Estadual de Imunização, Regiane de Paula.
As grávidas em qualquer período gestacional deverão também apresentar comprovante de acompanhamento e/ou pré-natal ou laudo médico. As puérperas podem utilizar a declaração de nascimento da criança.
Para ambos os casos, é necessário comprovar a comorbidade apresentando documentos de saúde como exames, receitas, relatório ou prescrição médica, bem como cadastros pré-existentes nas Unidades Básicas de Saúde.
Relação de comorbidades definidas pelo Ministério da Saúde:
- Doenças Cardiovasculares
- Insuficiência cardíaca (IC)
- Cor-pulmonale (alteração no ventrículo direito) e Hipertensão pulmonar
- Cardiopatia hipertensiva
- Síndromes coronarianas
- Valvopatias
- Miocardiopatias e Pericardiopatias
- Doença da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas
- Arritmias cardíacas
- Cardiopatias congênitas no adulto
- Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados
- Diabetes mellitus
- Pneumopatias crônicas graves
- Hipertensão arterial resistente (HAR)
- Hipertensão arterial – estágio 3
- Hipertensão arterial – estágios 1 e 2 com lesão e órgão-alvo e/ou comorbidade
- Doença Cerebrovascular
- Doença renal crônica
- Imunossuprimidos (transplantados; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas em uso de corticoides; pessoas com câncer).
- Anemia falciforme e talassemia maior (hemoglobinopatias graves)
- Obesidade mórbida
- Cirrose hepática