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Brasil

Doria prorroga quarentena até 22 de abril no Estado de SP

Governador fez apelo para que empresários não demitam funcionários e disparou: "estão preparados para assinar os atestados de óbito?"

Por André Rossi / Talita Bristotti

06 de abril de 2020, às 13h12 • Última atualização em 06 de abril de 2020, às 13h23

O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou na tarde desta segunda-feira (6) a prorrogação por mais 15 dias da quarentena para evitar a disseminação do novo coronavírus (Covid-19). Agora, o período vai até 22 de abril. Originalmente, a quarentena estava prevista para acabar nesta terça-feira (7).

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Respaldado por médicos e cientistas, o governador acatou a orientação para determinar mais uma quinzena de quarentena. De acordo com o novo boletim divulgado nesta segunda-feira, são 4.620 casos da Covid-19 em 100 cidades do Estado de São Paulo, com 275 óbitos.

“Sim, a quarentena prosseguirá de 8 a 22 de abril. Pelo conjunto de razões que já foram largamente expostas pelos cientistas, médicos e especialistas. Quero recomendar também aos prefeitos e prefeitas que estão nos assistindo, vocês terão o dever, a obrigação de seguirem nas suas cidades a orientação do Governo do Estado de São paulo. Isso é constitucional. Não é uma deliberação que pode ou não ser seguida. Ela deve ser seguida”, afirmou Doria.

Desde o dia 24, a gestão João Doria determinou o fechamento do comércio e de serviços não essenciais, o que inclui bares, restaurantes e cafés, que só podem funcionar com serviços de delivery. Já os considerados essenciais, como farmácias e supermercados, podem abrir as portas. Há, porém, pressão de setores do varejo para que haja uma abertura escalonada.

Doria abriu a coletiva de imprensa desta segunda-feira fazendo um apelo para que médios e grandes empresários não demitam seus funcionários. O tucano afirmou que compreende a dificuldade do setor, mas ressaltou que “parte do sentimento de um bom empresário é sua retribuição social”.

Saiba tudo sobre o coronavírus, o que ele provoca e como se prevenir

“Sua capacidade de reconhecer que sem seus colaboradores vocês não conseguiram ter chegado aonde chegaram. Mais do que nunca seus colaboradores esperam isso de vocês. Exerçam sua responsabilidade social e o seu lado comunitário. Lembrem dos seus filhos, esposas, pais, que o sofrimento é de todos, mas principalmente daqueles que dependem dos seus salários para sobrevier”, comentou Doria.

Diferentemente do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que fala em receio de crise econômica e pede a volta dos cidadãos ao trabalho, Doria voltou a defender o distanciamento social para frear o avanço da Covid-19. Durante a coletiva, citou o ministros da Justiça, Sergio Moro, e da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, como defensores do isolamento.

Além disso, reforçou que o objetivo agora é “salvar vidas e depois salvar a economia”, e disparou contra setores que pressionam o governo a mudar sua estratégia.

“Aqueles que nos pressionam, a eles eu pergunto: vocês estão preparados para assinar os atestados de óbito de brasileiros? Para carregar os caixões com as vitimas do coronavírus? Vocês que defendem a abertura, aglomeração, que minimizam a crise gravíssima que nós estamos, vão enterrar as vitimas?”, questionou o tucano.

Além da Capa, o podcast do LIBERAL

Entender qual é a competência de cada esfera de governo na tomada de decisões e na transmissão de orientações à população não é tarefa óbvia no cenário como o de uma pandemia e de um estado de quarentena. O Além da Capa trata desse assunto na edição desta quinta-feira (2).

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