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Televisão

Adriana Esteves mergulha nas sutilezas da vilã Mércia, de ‘Mania de Você

Por CAROLINE BORGES_TV PRESS

07 de outubro de 2024, às 16h34 • Última atualização em 07 de outubro de 2024, às 18h00

Adriana Esteves, que pode ser vista em “Mania de Você”, gostaria de ter apenas duas preocupações em relação à sua personagem daqui até o último capítulo da trama de João Emanuel Carneiro: estudar e gravar os rumos da misteriosa e solitária Mércia. A personagem do mesmo criador da vilã Carminha, de “Avenida Brasil” – um marco na telenovela brasileira -, ainda é uma grande incógnita para a intérprete.

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Fria, misteriosa e solitária, Mércia esconde a carência com um escudo de brutalidade e fortaleza. Foi por anos amante do patrão Molina, papel de Rodrigo Lombardi, com quem teve um filho, Mavi, de Chay Suede. Criou como filha dele, Luma, vivida por Agatha Moreira, e é a grande opositora de Viola, interpretada por Gabz.

Os dramas e a introspecção de Mércia são características que Adriana também encontrou em outro projeto. Além de “Mania de Você”, a atriz também pode ser vista na segunda temporada de “Os Outros”, original Globoplay. A produção dramática retornou com episódios inéditos em agosto. Na história, Adriana revive a sofrida Cibele, que há dois anos se dedica a procurar o filho Marcinho, papel de Antonio Haddad. Ela tem convicção de que Sérgio, de Eduardo Sterblitch, sabe o paradeiro do rapaz e persegue o vereador nesta busca incansável.

A trama de “Mania de Você” é sua terceira parceria com João Emanuel Carneiro. Inclusive, nas produções anteriores, você também viveu vilãs. Como é reeditar essa colaboração no vídeo mais uma vez?

É uma honra estar pela terceira vez em um trabalho com o João. Todos os projetos foram personagens fortes e diferentes. Entendo que, após “Avenida Brasil”, as pessoas sempre esperam um sucesso semelhante. E isso acontece com a Carminha também. Sempre esperam uma Carminha. Mas fico tranquila porque, depois da Carminha, teve a Laureta, que já foi bem diferente. Ser diferentes não quer dizer que é mais ou menos. Apenas estamos contando histórias de mulheres fortes.

Todo esse mistério que envolve os rumos da personagem dificulta seu trabalho de composição de alguma forma?

Na verdade, sinto que tenho uma liberdade e afinidade com personagens que me obrigam a um aprofundamento. Gosto de dar aquele mergulho interno e catar infinitas possibilidades dentro de mim. A Mércia pode ser muita coisa. Quando eu falo que a Mércia é misteriosa, eu estou simplificando muito na palavra mistério.

Por quê?

É muito difícil explicar os lugares que a personagem me causa, tornando mais complexo fazer uma cena e passar uma estrutura da personagem. Mas é o tipo de trabalho que eu gosto e tenho mais facilidade para lidar. Gosto muito de psicanálise. Então, posso encaixar coisas que eu gosto e isso me dá mais vontade de estudar. Às vezes, fico assustada com volume de texto para decorar porque o que eu gosto mesmo é pegar meu lápis e estudar. Entender as referências e para onde essa personagem vai.

Há pouco mais de 35 anos na televisão, você já começou a cogitar a possibilidade de se aposentar?

Atuar é minha vida. Gosto muito de trabalhar desde jovem. Descobri o meu ofício, que é minha paixão. É uma sorte muito grande porque nem sempre a gente descobre rápido ou mesmo descobre. Então, aposentar de vez não tenho pensado. Mas talvez uma aposentadoria de novela. Talvez, um dia, eu me aposente das novelas. Mas parar de fazer série, cinema ou teatro, nem pensar. Nem pensar!

Antes de “Mania de Você”, Vladimir Brichta estava no ar como o vilão Egídio, de “Renascer”. Como funciona essa troca profissional em casa?

Foi incrível acompanhar o Vladimir naquele vilão. Foi um grande sucesso, ele arrasou demais. A gente conversa muito e torce muito um pelo outro. Ele também fez um super vilão, né? A gente está meio que numa disputa de vilões lá em casa (risos).

Recentemente, Felipe Ricca, seu filho com o ator Marco Ricca, estreou diante das câmeras na série “Pedaço de Mim”, original Netflix. Como está sendo acompanhar esse início de trajetória profissional?

Estou amando. Ele é ótimo. Ele fez dois anos de Direito e parou. Disse que não era o que ele queria. Mas encontrou a aptidão dele nas artes. Estou feliz que ele encontrou o que gosta de fazer tão jovem. Nem sempre é assim. Em alguns aspectos, acho o Felipe melhor do que eu (risos).

De que forma?

Ele é muito bom para dar entrevista. Digo que queria ser que nem ele. Ele tem 24 anos e uma desenvoltura incrível. Tenho anos de profissão e só hoje consigo bater um papo com a imprensa de forma mais tranquila, melhor. Há alguns anos, era algo muito difícil para mim.

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