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Região

Desenrola tem ‘público-alvo’ de mais de 340 mil pessoas na RPT

Atualmente, podem renegociar essas dívidas quem ganha entre dois salários mínimos (R$ 2.640) e R$ 20 mil por mês

Por Walter Duarte

19 de julho de 2023, às 07h50

Valor médio das dívidas nas cinco cidades da região é de R$ 5,6 mil - Foto: José Cruz - Agência Brasil

O consumidor da RPT (Região do Polo Têxtil) que está endividado tem um passivo médio de R$ 5,6 mil. O valor equivale à divisão dos cerca de R$ 1,9 bilhão em dívidas negativadas no Serasa pela quantidade de pessoas inscritas no cadastro de inadimplentes, que é de pouco mais de 340 mil. Esses consumidores são o público-alvo do Desenrola Brasil, programa de refinanciamento de dívidas lançado pelo governo federal na última segunda-feira.

Atualmente, podem renegociar essas dívidas quem ganha entre dois salários mínimos (R$ 2.640) e R$ 20 mil por mês. Pelas regras estipuladas pelo Ministério da Fazenda, não há recurso ou garantia pública para essas operações, apenas a intermediação da União para que essas pessoas regularizem sua situação de crédito. Uma nova fase, com subsídios governamentais, será lançada exclusivamente para quem ganha até um salário mínimo.

Desenrola – Foto: Ministério da Fazenda

Ao aderir ao programa, os credores concordam em permitir um parcelamento mínimo de 12 vezes para dívidas geradas até 31 de dezembro de 2022. No caso de débitos de até R$ 100, o nome do consumidor será retirado dos cadastros de inadimplência de forma automática.

Para o economista Artur Soave Frezza, professor da FAM (Faculdade de Americana), a adesão ao Desenrola deve ser planejada para evitar um colapso no orçamento familiar. Para o especialista, se o grupo familiar tem renda mensal de três salários mínimos (R$ 3.960), o valor máximo de parcela que ele pode pagar é de R$ 660.

“Até 50% de um salário mínimo é o percentual máximo para não cair em outra cilada. A pessoa tem que pagar primeiro as dívidas mais caras e refinanciar as mais baratas, de cem até 150. Não adianta se comprometer demais e deixar de pagar o cartão de crédito, por exemplo”, explica.

Frezza diz que o alto número de pessoas endividadas é fruto da pandemia. “Se você pegar o indicador do número de pedidos de recuperação judicial, você vai ver que estão crescendo, o que indica que os empregadores estão com dificuldade. Estamos vivendo uma consequência da pandemia. As empresas perderam faturamento, muita gente perdeu o emprego ou passou a ganhar menos”, completa 

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