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Itália

Florença: Museu a céu aberto

Comparada a suas rivais imediatas, Roma e Veneza, Florença é, de longe, entre os destinos clássicos italianos, o mais fácil de ser explorado

Por Agência Estado

30 de novembro de 2019, às 07h46

Florença é o destino clássico italiano mais fácil de ser explorado. Concentradas a poucas quadras umas das outras, suas principais atrações podem ser percorridas a pé, o que possibilita uma visão abrangente de seu patrimônio artístico e arquitetônico, mesmo para o visitante que não dispõe de tanto tempo ou que toma a cidade como base para pequenas viagens de bate-volta pelas vinícolas da Toscana.

Comece a exploração com uma visita à Catedral de Santa Maria del Fiore. Sua construção data de 1296 e o edifício domina a paisagem local. A cúpula, ou duomo, desenhada por Filippo Brunelleschi, pode ser avistada de praticamente qualquer ponto da cidade.

Foto: Pixabay
Florença

Por fora, a igreja tem uma belíssima fachada decorada por placas de mármore verde, branco e rosa, além de portões de bronze adornados com esculturas em relevo que retratam cenas da vida de Maria, mãe de Jesus. Apesar de menos monumental, o interior da basílica também merece ser visitado, principalmente por causa de seus afrescos, produzidos por Giorgio Vasari e Federico Zuccari, e dos vitrais que levam a assinatura de grandes nomes do Renascimento, como Paolo Ucello e Donatello.

A entrada na catedral é gratuita, mas o bilhete de 42 euros, válido por 72 horas (pode ser adquirido pela internet – duomo-florence.com – permite subir até sua cúpula, com vista estonteante, além de conhecer todas as atrações do complexo, incluindo o Batistério de San Giovanni, a Cripta de Santa Reparata e o Campanário de Giotto.

Foto: Pixabay
Florença

Na Via dei Calzaiuoli, 65, uma parada estratégica proporciona um daqueles pequenos prazeres que fazem cada dia de sol na Itália parecer ainda mais especial: um copinho de gelato, com dois sabores, chocolate com menta, da Venchi (3,50 euros cada). Na Piazza della Signoria um momento único: o dramático jogo de luz e sombras, gerado pelo sol a pino, por sobre o conjunto de esculturas da Loggia del Lanzi.

Literalmente um museu ao ar livre, logo à frente do Palazzo Vecchio, a sede da prefeitura local, onde esculturas referenciais como o ‘Perseu com a cabeça da Medusa’, de Cellini, dividem o espaço público com obras do porte de uma ‘Fontanna di Nettuno’, de Ammannati, e uma das réplicas do ‘Davi’, de Michelangelo, espalhadas pela cidade. A segunda fica na praça que leva o nome do artista, do outro lado do Rio Arno.

Foto: Divulgação
Galleria dell’Accademia

Museu

Galleria dell’Accademia

Logo na entrada, a primeira constatação: é mais que recomendável comprar ingressos online (20 euros; accademia-tickets.com) para não ter de passar horas amargando na fila. O museu é relativamente pequeno e pode ser percorrido, com calma, em duas horas. Inclui muitas obras-primas, mas, fundamentalmente, nada em seu interior ofusca o brilho magnético que emana da escultura talhada em mármore por Michelangelo.

Em meio ao sol e aos vinhedos da Toscana

Se, de fato, todos os caminhos levam à Roma, não é menos verdade que sempre existirão boas razões para dar uma paradinha estratégica na Toscana. Localizada física e simbolicamente no coração da Itália, a região é uma das poucas capazes, na Europa, de oferecer uma combinação tão afinada de geografia e clima aprazíveis, patrimônio artístico a perder de vista e gastronomia inigualável. Principalmente quando acompanhada de um bom e velho chianti, vinho que é quase unanimidade nacional.

Foto: Pixabay
Toscana

Acalentada há tempos, minha mais recente incursão pelas terras de Dante Alighieri, entre tantos outros italianos ilustres, se deu em abril deste ano, no comecinho da primavera. Época de céu claro e temperaturas amenas, em torno dos 22°, capazes de tornar qualquer passeio ao ar livre ainda mais convidativo e qualquer inevitável fila de espera, um pouco mais tolerável.

A sensação do vento fresco batendo no rosto, a cada passeio por entre vales cobertos de videiras (e flores). A lembrança de um contato mais íntimo, ainda que breve, com algumas das mais caras e cultuadas tradições italianas: a arte e a vinicultura.

Partindo da capital do Renascimento é possível se atingir, de carro, em menos de duas horas, cidades do porte de Siena e Arezzo. Conhecer a Torre de Pisa, as muralhas de San Gimignano, a medieval Volterra.

Amantes do vinho também não têm do que se queixar: as regiões produtoras do Chianti, Montalcino e Montepulciano estão a poucos quilômetros uma da outra. Isso sem considerar as pequenas cidades que vão surgindo ao longo do caminho e que, muitas vezes, nem sequer constam dos mapas turísticos, mas valem a parada.

Ver o sol desaparecer em meio a um mar de colinas é, de fato, uma experiência da ‘non dimenticare’ (ou inesquecível, como dizem os italianos). Assim como o fluxo de turistas nas primeiras horas em torno de áreas como a Piazza della Signoria e a Catedral de Santa Maria del Fiore, é consideravelmente menor do que ao longo do dia.

Foto: Divulgação
Catedral de Santa Maria del Fiore

SAIBA MAIS

Aéreo: todos os voos para Florença fazem pelo menos uma escala em alguma cidade da Europa. No total, são cerca de 15 horas de viagem. Há voos desde R$ 2.836, pela Air France (airfrance.com br), com parada no aeroporto Charles De Gaulle (Paris).

Melhor época: visitar Florença e suas proximidades na primavera é o ideal para quem quer aproveitar a paisagem, que fica muito mais florida, e a temperatura é amena. No verão, o grande número de visitantes e o calor podem se tornar um problema, especialmente para visitar as vinícolas, que ficam lotadas.

Moeda: 1 euro equivale a cerca de 5 reais. Cartões de crédito são amplamente aceitos na região.

Transporte: para conhecer as vinícolas e outras cidades próximas de Florença, como Greve de Chianti, o ideal é alugar um carro. Pela Europcar (europcar.pt), há opções que custam desde 25 euros por dia. Também é preciso portar uma Permissão Internacional para Dirigir (PID), que pode ser obtida no Detran de sua cidade ou Estado.

Tours: agências como a Florence Tours (florencetours.work) oferecem diversos pacotes para quem tem pouco tempo no destino.

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