Pet
Pets não convencionais também requerem cuidado extra no calor
Confira iniciativas que podem ajudar os animais em períodos de altas temperaturas
Por Stela Pires
27 de novembro de 2023, às 10h01
Link da matéria: https://liberal.com.br/mais/pet/pets-nao-convencionais-tambem-requerem-cuidado-extra-no-calor-2067111/
O verão está chegando e as altas temperaturas já começaram, situação que exige cuidados extras também com os pets não convencionais. As iniciativas tomadas para aliviar o calor nos animais domésticos podem não ser adequadas para todas as espécies.
A médica veterinária especialista em pets não convencionais Morgana Prado, do Hospital Veterinário Taquaral, aponta que as aves, por exemplo, são homeotermos, ou seja, mantêm a temperatura corporal relativamente constante.
Os pássaros, lagomorfos (pequenos mamíferos herbívoros, como os coelhos e lebres) e roedores não possuem glândulas sudoríparas, o que dificulta a troca de calor com o ambiente. Já os répteis são ectotérmicos, condição caracterizada por necessitar de uma fonte externa para regulação da temperatura.
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Quando estão sob altas temperaturas, as aves ficam no fundo da gaiola, arfantes e com as asas e bico abertos. Dra. Morgana lembra ainda dos lagomorfos e roedores, que também se mostram ofegantes, apáticos, letárgicos e sem disposição para brincar. Esse tipo de animal perde o apetite e pode ficar esticando as patas traseiras no chão para se refrescar.
Já os répteis procuram abrigo em um local mais ameno, pois o ambiente faz com que o corpo deles resfrie e ele não passe calor. Veja dicas do que fazer, ou não, para ajudar os animais a se refrescarem durante a onda de calor.
Ventilador
Não é indicado vento direto no animal devido ao ressecamento do ar e das vias aéreas. Uma opção, de acordo com a Dra. Morgana, é ligar o umidificador junto com o ventilador. Em relação às aves é preciso muita atenção, pois correntes de vento podem ocasionar alterações respiratórias graves.
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Já nos répteis, o ventilador não interfere na oscilação da temperatura. O que gera efeito refrescante é, por exemplo, ter pedra de mármore nos terrários. “Lembrando que quando se trata de chinchilas devemos manter o ambiente mais ameno porque são animais que necessitam de temperaturas baixas, porém não diretamente, e sem exageros”, disse Morgana.
Ar-condicionado
Assim como os ventiladores, é interessante usar o umidificador junto no ambiente e nunca deixar diretamente no animal. Mas, para as chinchilas, o ar-condicionado junto com o umidificador é uma boa pedida.
“Os répteis são espécies com exigências particulares, como uso de lâmpadas de aquecimentos, ventiladores específicos de terrários. Sendo assim, é preciso conhecer cada espécie para definir a sua exigência nestes casos”, reforça Morgana.
Brincadeiras na água
Não podem faltar banheiras nas gaiolas, pois as aves adoram se refrescar tomando banho. Mais uma alternativa é borrifar água na gaiola nos horários mais quentes. Lagomorfos e roedores normalmente não se molham e não têm a necessidade. Caso aconteça, a indicação da médica é secar o animal com secador morno para evitar problemas de pele.
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Estas espécies gostam de brincar com atrativos gelados e uma sugestão é oferecer garrafa pet com água congelada para se distraírem. Já para a chinchila o banho com água não é indicado. “Existe um pó específico que faz a limpeza do animal”, esclarece a especialista. O espargimento de água é bastante indicado como cuidado aos répteis.
Oferecimento de água gelada
Aos animais silvestres essa não é uma boa sugestão. A melhor opção é dar água em temperatura ambiente. No entanto, aves como papagaio e arara gostam de “sorvete” de polpas de frutas, podendo ser oferecido esporadicamente.
Estímulo à ingestão de água
Ofereça frutas suculentas, como laranja, maracujá e melão, bem como verduras com água borrifada.
Tosa
Muitos tutores tosam seus coelhos, porém não é uma atitude indicada. Não alivia o calor e prejudica o controle térmico do animal, sem contar risco de lesões durante o processo devido a pele ser fina e sensível.