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8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
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Pet

Adestramento para cães idosos é possível, sim

Com a abordagem certa e estímulos adequados, qualquer cachorro, independentemente da idade, pode aprender novos comandos

Por Ana Carolina Leal

20 de outubro de 2024, às 08h10

Manter o cão idoso ativo, tanto física quanto mentalmente, é fundamental para sua qualidade de vida - Foto: Adobe Stock

Muitos tutores acreditam que, ao atingir uma idade avançada, seus cães não podem mais ser adestrados. Porém, segundo a educadora canina Claudia Morais, qualquer cão, independentemente da idade, pode aprender novos comandos.

Embora o processo seja mais desafiador em cães mais velhos do que em filhotes, por conta de hábitos já consolidados e possíveis limitações físicas, é possível sim ensinar um cão idoso, desde que ele esteja motivado e seu tutor tenha paciência.

“Se comparado a um filhote, o aprendizado será mais difícil, mas não impossível. O importante é que o cão tenha interesse em você e no que está sendo utilizado como recompensa”, afirma Claudia.

Antes de iniciar qualquer processo de adestramento, é preciso que o tutor leve o cão ao veterinário para uma avaliação geral de saúde. Em cães idosos, é comum o surgimento de problemas de saúde, como doenças renais, diabetes e até disfunções cognitivas, que podem impactar a capacidade de aprendizado.

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“Esses problemas precisam ser identificados e tratados antes de iniciar qualquer treinamento, pois podem afetar o desempenho e a motivação do cão”, alerta Claudia.

Sinais da velhice

Com a chegada da idade, o corpo dos cães também muda. Os primeiros sinais podem aparecer na pelagem, com pelos grisalhos ao redor dos olhos e focinho, e uma textura mais rala.

O cão pode se mostrar mais cansado ou com menos disposição para brincar e passear. A dificuldade para se levantar, subir escadas ou correr também são sinais típicos. Além disso, os sentidos, como visão e audição, podem enfraquecer, e o padrão de sono costuma mudar, com o cão dormindo mais do que quando era mais jovem.

Claudia afirma que alterações comportamentais, como apatia ou agressividade, também são comuns, além de latidos ou uivos frequentes em busca de atenção.

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Outro sinal frequente é o ganho de peso, que pode ser decorrente da diminuição da massa muscular e do metabolismo mais lento. Cães idosos são mais suscetíveis a doenças, pois o sistema imunológico se torna mais fraco com o tempo.

Estímulos adequados

Manter o cão idoso ativo, tanto física quanto mentalmente, é fundamental para sua qualidade de vida. Claudia  sugere uma série de atividades que podem ajudar a estimular a mente e o corpo do pet, como brinquedos interativos (por exemplo, o Kong), jogos de esconder petiscos e brincadeiras que envolvam o olfato, como permitir que o cão fareje durante as caminhadas.

“É importante manter o cão idoso ativo, mas sem exagerar”, afirma. Além disso, cuidar da dieta, das articulações, dos dentes e garantir uma vida social ativa também são fundamentais.

A educadora também destaca que é importante respeitar as limitações físicas do cão. Se ele apresentar problemas de locomoção, por exemplo, atividades como subir escadas, longas caminhadas e correr devem ser evitadas.

“O adestramento de um cão idoso traz muitos benefícios, como manter a mente ativa, reforçar comportamentos desejados e melhorar sua qualidade de vida”, conclui.

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