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Bem-Estar

Rotina estruturada pode facilitar dia a dia de mães atípicas

Especialista dá dicas para mulheres enfrentarem desafios diários com organização e resiliência

Por Ana Carolina Leal

10 de junho de 2024, às 08h53

A maternidade, por si só, exige bastante das mulheres. No entanto, ser mãe de crianças e adolescentes atípicos pode exigir ainda mais. A necessidade de atenção contínua à saúde, educação e atividades de lazer, entre outras, dessa criança, é vital, mas se bem organizada pode facilitar a vida dessas mães.

Em entrevista ao LIBERAL, Andreia Silva, mentora familiar e mãe de uma criança com TEA (Transtorno do Espectro Autista) destacou a importância da aceitação e do planejamento na rotina de mães atípicas. Segundo ela, o primeiro grande desafio para uma mãe atípica é a fase da aceitação.

“Aceitar que há um filho que necessita de um olhar diferenciado, mais humanizado, e que precisa ser compreendido diante de uma interpretação diferente das demais pessoas é fundamental”, afirmou. Sem essa aceitação, torna-se difícil abrir-se para entender o autismo ou outras questões neuroatípicas presentes na família, acrescenta.

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Depois de superar a fase da aceitação, a vida da mãe atípica demanda organização e um bom planejamento. Isso é fundamental para garantir que a criança tenha uma rotina estruturada e tempo adequado para ser assistida por profissionais que possam colaborar no desenvolvimento de suas habilidades e competências.

Andreia Silva é mentora familiar e mãe de uma criança com TEA (Transtorno do Espectro Autista) – Foto: Divulgação

Andreia enfatiza a necessidade de uma rotina bem definida para a criança neuroatípica, o que inclui a participação em terapias e outras atividades que possam estimular seu crescimento.

Outro desafio, de acordo com Andreia, é a comunicação com as crianças atípicas de forma eficaz. Por isso, ela sugere focar nos pontos fortes das crianças, o que ajuda a motivá-las no dia a dia.

“Seguir regras, por exemplo, é custoso. A mãe tem que ter paciência e tolerância com a criança neuroatípica, pois a compreensão, a interpretação e o olhar deles são diferenciados”, explicou.

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Cuidado pessoal – Para manter a harmonia e o equilíbrio nas relações familiares, portanto, se faz necessário que as mães e responsáveis cuidem também de sua própria saúde mental e do relacionamento conjugal.

Reservar tempo para atividades que proporcionem prazer e relaxamento é fundamental. Andreia ressalta a importância de cuidar de si mesma para poder cuidar melhor dos outros.

“A preservação da saúde mental é crucial para que as mães possam continuar desempenhando seu papel de forma eficiente e amorosa. E com uma abordagem organizada e consciente, os desafios da maternidade atípica podem ser enfrentados de maneira mais tranquila, proporcionando uma melhor qualidade de vida para toda a família”.

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Confira algumas sugestões

Defina prioridades: liste as tarefas diárias em ordem de importância. Considere a relevância, urgência e o tempo necessário para cada atividade, reservando espaço para imprevistos.

Delegue responsabilidades: sempre que possível, compartilhe tarefas com familiares, amigos ou profissionais. À medida que a criança cresce, incentive-a a assumir pequenas responsabilidades para desenvolver seu senso de responsabilidade.

Seja flexível: imprevistos acontecem. Exercite resiliência e paciência, adaptando-se às mudanças e ajustando as prioridades conforme necessário.

Planeje momentos de descanso: encontre tempo para relaxar e cuidar de si mesma. Inclua atividades que lhe fazem bem na rotina, como momentos de lazer, exercícios ou pausas.

Reserve tempo para relacionamentos: é essencial manter conexões de qualidade com todos os membros da família. Estabeleça momentos específicos para cada um, preservando o equilíbrio familiar.

Reavalie a rotina: ajuste suas expectativas e reestruture suas atividades se perceber que algumas tarefas estão tomando mais tempo do que o previsto.

Celebre conquistas: valorize cada progresso, por menor que seja. Comemorar as vitórias, por mais simples que pareçam, fortalece a confiança e a segurança da criança.

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