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Bem-Estar

Orientações para quem enfrenta a doença autoimune desencadeada pela ingestão de glúten

Nutricionista indica a compra de produtos de marcas de sua confiança que possam agregar valor nutricional, sabor e a variedade ao cotidiano

Por Jéssica Bordin/Press à Porter

26 de maio de 2024, às 15h47

Grãos, cereais, milho, fubá estão na lista dos alimentos permitidos - Foto: Freepik

A doença celíaca (DC) é uma doença autoimune em que, em indivíduos suscetíveis, a ingestão de glúten leva a reações imunológicas no intestino delgado. “O próprio sistema imunológico lesiona o intestino delgado de várias formas, causando inflamação, dor intensa, diarreia persistente, redução da absorção de nutrientes, perda de peso e outras consequências”, explica a nutricionista Adriana Zanardo, porta-voz da marca Jasmine.

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“Os sintomas podem incluir, ainda, confusão mental, déficit de atenção, dor de cabeça, fadiga crônica e dores articulares. Para o diagnóstico, é importante observar os sintomas e realizar em conjunto exames específicos, como exame de sangue com imunoglobulina IgA e IgG”, complementa.

“O glúten é uma das proteínas presentes em trigo, centeio, cevada e malte. A aveia naturalmente não contém glúten, mas é comum que tenha traços devido à contaminação cruzada que ocorre quando se mistura alimentos com e sem glúten em, pelo menos, uma etapa do processo de produção, considerando colheita, moagem, armazenamento e transporte”, alerta a nutricionista. “Isso também pode acontecer com outros tipos de alimentos. Por isso, ao fazer sua lista de compras, é importante observar as embalagens dos produtos”, pontua.

Vale lembrar de que a lei federal nº 10.674, de 2003, determina que todas as empresas que produzem alimentos precisam informar obrigatoriamente em seus rótulos se o produto “contém glúten” ou “não contém glúten”.

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A nutricionista indica a compra de produtos de marcas de sua confiança que possam agregar valor nutricional, sabor e a variedade ao cotidiano. “O celíaco pode contar com diversas opções de pães para compor os sanduíches, além de wraps com recheios diversos, bolos e biscoitos de arroz e de milho. Já na categoria grãos, as granolas e aveias podem ser combinadas com frutas e outros toppings. Para saciar a fome ao longo do dia, bites e cookies são opções saudáveis que recomendo aos meus pacientes”, esclarece.

Adriana explica que o glúten é formado por dois componentes proteicos principais, gliadinas e glutenina, que não são digeridas por celíacos, fazendo com que o sistema imunológico os interprete como ruins, atacando-os e, consequentemente, o próprio corpo do indivíduo. Contudo, só a dieta não é suficiente para cuidar do celíaco.

Recomendações da nutricionista: pratique atividade física regularmente; faça acompanhamento médico e nutricional; procure associações que possa frequentar. Um dos canais mais seguros para busca é a Federação Nacional das Associações de Celíacos no Brasil; faça uma lista do que pode e não pode comer; crie o hábito de se aventurar na cozinha para testar combinações, sabores, aromas e texturas diferentes.

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Para manter o planejamento alimentar da sua semana, confira os itens saudáveis que podem ser inclusos na lista de compras: cereais: arroz e milho; farinhas: mandioca, arroz, milho, fubá e féculas; gorduras: óleos vegetais e animais (manteiga); frutas: todas; leite e derivados: todos (atenção com iogurtes/shakes, porque alguns com sabores/caldas podem ter glúten); verduras, legumes, raízes e leguminosas: todos; ovos e carnes em geral: todos; sementes e castanhas: todas.

Fonte: Jasmine Alimentos

Dicas complementares

4 estratégias recomendadas pela Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil para manter a dieta celíaca equilibrada.

Rede de apoio: oriente seus familiares e amigos sobre a doença celíaca e os cuidados com a alimentação, especialmente pensando em festas e confraternizações;

Seletividade: é essencial o cuidado com temperos industrializados, pois muitos contêm glúten. Não utilize farinhas com glúten, mesmo que seja “só” para polvilhar a assadeira;

Pesquisas: antes de sair de casa, verifique os estabelecimentos confiáveis e, se possível, avalie o cardápio;

Comer fora de casa: vale lembrar que, ao frequentar buffets, restaurantes e self-service, mesmo que os alimentos sugeridos sejam glúten free, existe a chance de contaminação pelas travessas próximas e pelo uso de talheres repetidos. Fique atento!

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