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Bem-Estar

Dados mostram incidência do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e Influenza como causadores de quadros respiratórios

Por Bruna Ribeiro_assessoria de imprensa do Grupo Fleury

28 de maio de 2024, às 16h45


Historicamente, o Outono chega e traz com ele as doenças respiratórias. Segundo especialistas, é nesta época do ano que mais brasileiros buscam atendimento médico-hospitalar por conta dos sintomas como quadros de corrimento nasal, febre, tosse, cansaço e falta de ar, com necessidade de uso de oxigênio e, algumas vezes, suporte ventilatório em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Por isso, é indispensável se proteger para evitar as formas graves de resfriados, gripes, bronquiolites e pneumonias. A vacina é um dos aliados da população para frear o aumento de internações e casos de doenças respiratórias, típicas do Outono.

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A novidade é que existe um novo imunizante contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), conhecido por causar doenças respiratórias graves, indicado para imunização ativa e prevenção de doenças do trato respiratório inferior, causadas pelos subtipos do vírus sincicial respiratório VSR-A e VSR-B. Segundo o Dr. José Geraldo Ribeiro, epidemiologista do Grupo Fleury, o VSR foi o segundo agente que mais causou internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave em idosos no Brasil em 2023, sendo superado apenas pelo Sars-CoV-2, causador da COVID-19. De acordo com o médico, alguns estudos mostram inclusive maior letalidade pelo VSR do que pelo vírus influenza nesse grupo.

“Em decorrência disso, há vários anos são estudadas vacinas para o VSR com o objetivo de proteção para os maiores de 60 anos de idade. Uma delas, Arexvy (fabricante: GSK), foi licenciada pela ANVISA e agora está disponível para os clientes dos serviços privados de vacinação no Brasil. Como a vacina demostrou eficácia por duas temporadas do vírus, a recomendação atual é que seja aplicada em dose única, em qualquer mês do ano, apenas para pessoas a partir de 60 anos”, explica o epidemiologista.

De acordo com o InfoVírus do Fleury Medicina e Saúde, no primeiro bimestre de 2024 (janeiro a março) a circulação de influenza A continuou crescente em todas as idades desde o fim do ano passado, tendo sido proporcionalmente mais expressiva nos adolescentes e adultos jovens (de 13 a 39 anos). Em março, a positividade ultrapassou o patamar observado no pico que ocorreu no Outono do ano passado em cada uma das faixas etárias, assim como entre os maiores de 65 anos, nos quais o aumento vinha sendo mais discreto.

Notou-se leve incremento dos testes positivos para o VSR em todos os grupos etários, que foi menos significativo nos jovens entre 13 e 17 anos, nos quais a proporção de exames com resultado detectado para rinovírus/enterovírus praticamente triplicou em relação ao mês anterior, tendo chegado a mais de 20%. E após um período de curva ascendente, a positividade dos testes para Sars-CoV-2 apresentou diminuição considerável em todas as faixas etárias, da ordem de 10 a 20 pontos percentuais.

Já o relatório consolidado do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), com o qual o Fleury contribui, apontou o influenza A como o vírus mais frequentemente detectado entre os exames positivos para vírus respiratórios (25% do total) e mostrou que o VSR ultrapassou o Sars-CoV 2 em frequência (18% e 12%, respectivamente). Já no Fleury, o vírus da gripe foi o mais detectado até os 39 anos, praticamente se equiparou ao Sars-CoV-2 entre 40 e 64 anos e ocupou o segundo lugar entre os patógenos mais identificados acima dos 65 anos.

Perguntas e respostas sobre o Vírus Sincicial Respiratório e a vacina Arexvy, por José Geraldo Ribeiro, epidemiologista do Grupo Fleury:

O que é Vírus Sincicial Respiratório (VSR)?

O VSR (Vírus Sincicial Respiratório) é um vírus RNA que existe como dois subgrupos antigênicos, A e B, que podem circular juntos durante a mesma estação. Causa quadros respiratórios em todas as faixas etárias, mas é mais conhecido por causar doença respiratória em bebês e crianças. No entanto, é um dos maiores responsáveis por internações por doença respiratória em maiores de 60 anos de idade. Entre os sintomas da doença estão o corrimento nasal e febre, que começam três a cinco dias após a infecção. O quadro pode evoluir para formas graves de acometimento respiratório.

Ele circula durante todo o ano?

Sim, mas a maioria dos casos geralmente ocorre no Inverno e no início da Primavera. Nas Regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, a maioria dos casos acontece entre os meses de março e julho; na Região Sul entre abril e agosto. Já na Região Norte, o maior número de casos acontece entre fevereiro e junho.

Qual o tratamento?

Infelizmente não há qualquer medicamento que combata diretamente o vírus. Mesmo os casos graves são tratados com recursos para manutenção da vida (hidratação, oxigenação, respiradores e outros).

Qual a sua importância como causa de doença grave nos maiores de 60 anos?

A Vigilância Epidemiológica do Brasil detectou a ocorrência de cerca de 640 casos graves da doença de pessoas internadas em 2023. Esse número é certamente maior, já que nem todos os hospitais fazem parte dessa rede de notificações. Dependendo das condições de saúde prévia do paciente, o percentual de óbitos chega a superar o de casos de gripe (influenza).

Como é feita a imunização com a Arexvy, da fabricante GSK?

A vacina é feita em uma única dose por via intramuscular profunda. Ainda não foi demonstrada necessidade de reforços. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomenda a vacina aos maiores de 60 anos, em qualquer mês do ano.

Ela pode ser aplicada no mesmo dia com outras vacinas?

Foi estudada a aplicação no mesmo dia que a vacina influenza (gripe), não tendo ocorrido diminuição importante da produção de anticorpos nem aumento relevante de eventos adversos. A SBIm recomenda, portanto, a aplicação no mesmo dia dessas vacinas. Em relação a outras vacinas, o médico deve avaliar a necessidade da aplicação simultânea.

Fonte: Fleury Medicina e Saúde, referência nacional em Medicina Diagnóstica e de Precisão

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