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Bem-Estar

Com disputa fraterna e herança polpuda, Daniel Ortiz aposta nos dramas de ‘Família é Tudo’

Por GERALDO BESSA - TV PRESS

15 de abril de 2024, às 17h10 • Última atualização em 15 de abril de 2024, às 17h11

Como todo criador de histórias, Daniel Ortiz sabe bem que a inspiração não tem hora para chegar. Por isso, anda para todo lado com um inseparável caderno de anotações e atento a todas as ideias que possam surgir tanto durante o dia quanto à noite. Afinal, a história principal de “Família é Tudo” chegou até o novelista em uma noite de sono, em forma de sonho. “Eu já estava buscando inspiração para apresentar uma sinopse. Uma bela noite, sonhei com a história dessa família presa em um casarão após o sumiço da grande matriarca. Eles até estavam preocupados com o desaparecimento, mas todos queriam era mesmo saber da herança. Acordei desesperado para anotar tudo e não deixar os detalhes escaparem”, explica, entre risos

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Natural de Taubaté, interior paulista, Ortiz sempre foi um grande fã das novelas das sete. Não as recentes, mas as concebidas entre os anos 1980 e 1990 por nomes como Cassiano Gabus Mendes, Carlos Lombardi e Silvio de Abreu. Silvio, aliás, foi o grande mentor de sua escrita e principal entusiasta de seu crescimento dentro da Globo. Colaborador de tramas como “Passione” e o remake de “Guerra dos Sexos”, Ortiz virou novelista titular a partir de um incentivo de Silvio na espiritualizada “Alto-Astral”, de 2014, e fez uma grande homenagem ao então chefe da Teledramaturgia da Globo em “Haja Coração”, folhetim que atualizou o clássico “Sassaricando”.

Bom de audiência e afinado com o estilo do horário, em 2020, o autor teve a trama de “Salve-se Quem Puder” atropelada pela pandemia. Agora, na companhia do diretor artístico Fred Mayrink, seu fiel escudeiro de outras obras, torce por um trabalho sem grandes sobressaltos e com uma boa resposta de público. “Imprevistos acontecem, é claro. Tenho muita confiança no produto que estamos colocando no ar. Conseguimos escalar um elenco primoroso e temos uma história divertida e dinâmica. Além do riso, a trama também leva a uma reflexão sobre a complexidade de manter a união familiar”, defende.

“Família é Tudo” é sua quarta novela como autor titular na faixa das sete. O que este novo trabalho agrega a sua trajetória?

Eu amo a faixa das sete. Minhas obras anteriores tinham uma configuração mais clássica, com muito humor e aventura. Agora, saio dessa zona de conforto para flertar com uma história mais dramática por conta desse elemento familiar. Os protagonistas são cinco irmãos bem diferentes entre si e que brigam o tempo todo. Acredito que o público vai se identificar com as brigas.

Por quê?

Porque elas estão no nosso cotidiano e divergências são normais. São aquelas brigas bobas, tipo quem toma banho primeiro (risos). A mensagem da novela é a importância desse núcleo, que acaba sendo o nosso porto seguro. No caso da novela, essa família se perdeu, os laços foram cortados e, por força do destino, é necessário realizar uma espécie de resgate.

O texto tem alguma inspiração em sua própria história familiar?

Na verdade, coloquei nessa novela um pouco do que eu gostaria de ter tido na minha vida. Minha família é minúscula. Sempre sonhei em ter muitos irmãos, tias, tios e primos. Mas somos poucos lá em casa (risos). De tanto querer esse tanto de gente em volta, acabei sonhando com essa sinopse.

A história “Família é Tudo” veio completa no sonho?

Quase (risos). Eu estava na época de procurar uma sinopse. Sonhei com uma família presa em um casarão. A grande matriarca havia sumido e todos estavam preocupados com o destino da herança. Cheguei a trabalhar em outros argumentos, mas esse não saiu da minha cabeça. Aí resolvi trabalhar de fato neste enredo.

Originalmente, o nome da novela seria “A Vovó Sumiu”. O que achou da troca para “Família é Tudo”?

Acho que ficou mais completo e agregador. Junto com a direção artística da emissora, chegamos à conclusão que o eixo central da novela não é a busca desesperada por essa avó, mas sim sobre essa união familiar. Essas mudanças acontecem muito no decorrer da pré-produção da trama. Estou bastante feliz com este trabalho e também muito ansioso. A gente nunca sabe como o público vai reagir.

“Família é Tudo” – Globo – de segunda a sábado, às 19h20.

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