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Esporte

Ana Marcela diz não se preocupar com água do Rio Sena e faz mistério sobre plano B de Paris

Por Agência Estado

14 de maio de 2024, às 14h01

Após fazer um alerta sobre as águas do Rio Sena no início do ano, Ana Marcela Cunha afirmou nesta terça-feira que não está mais preocupada com a qualidade da futura sede da prova de águas abertas na Olimpíada de Paris-2024. A atual campeã olímpica dos 10km disse que mudou de ideia ao receber mais informações sobre um possível plano B, mas preferiu fazer mistério sobre qual seria a alternativa da organização dos Jogos Olímpicos.

“Acho que o momento em que demonstrei estar preocupada em competir no Rio Sena foi o momento certo. Mas viramos a chave agora e confiamos muito no que eles vão fazer para que essa prova aconteça. Sabemos que eles têm um plano B. A maratona aquática e o triatlo vão acontecer”, disse a nadadora.

No início de março, Ana Marcela concedeu entrevista em que demonstrou estar preocupada com a qualidade da água do Rio Sena. A preocupação é compartilhada por vários atletas, também de fora do Brasil, e de entidades ligadas ao esporte, que temem até a não realização tanto da prova de águas abertas quanto do triatlo, que terá a parte da natação no famoso rio parisiense.

A campeã olímpica explicou que foi procurada pelas autoridades ligadas à organização da prova de águas abertas e que o assunto já foi superado. “Faço parte do Comitê de Atletas da World Aquatics. A entidade veio até mim, agradeceu muito. Com isso, ficamos com o contato mais próximo com a organização. Não podemos confundir a minha função no Comitê com o meu papel de atleta.”

Ana Marcela disse estar informada sobre o plano B, que a organização não divulgou oficialmente. Mas evitou revelar onde a prova poderia ser disputada, caso as águas do Rio Sena não apresentem condições ideais para a competição. “Vem sendo conversado algumas coisas e foi passado para a gente que existe um plano B. Não posso estar comentando mais do que isso por questões de regras e também por se tratar de informações confidenciais.”

A atleta afirmou que está focada em sua preparação, na Itália, visando mais uma medalhla olímpica. “Nossa preocupação é fazer o nosso treinamento e chegar lá 100%. Não estamos preocupadas com relação a mais nada porque a organização também já deu o lado dela, já foi conversado. É um assunto que não ficamos comentando todos os dias por aqui. O que foi falado já aconteceu e a resposta foi dada. Sabemos que haverá a prova, no dia 8 de agosto. E vamos estar preparadas, onde quer que seja.”

Sobre a chance de competir num rio, algum incomum em provas de águas abertas em Jogos Olímpicos, Ana Marcela se disse animada pela oportunidade. “Já competi em rios e lagos várias vezes. Em Pequim-2008, a prova foi disputada em um lago. Em Londres, também. Algumas etapas da Copa do Mundo já foram realizadas em rios, como aconteceu na Argentina, que a corrente é muito forte e lembra um pouco o Sena. Sabemos da corrente, que vai ser o diferencial de posicionamento e estratégia de prova. Estamos animadas para isso, vai ser uma prova diferente. Não vai ser no mar, como gostamos e preferimos.”

APOSENTADORIA APÓS OLIMPÍADA?
Questionada pelo Estadão sobre o seu futuro, Ana Marcela evitou apontar uma data para sua aposentadoria. “Essa é uma boa pergunta. Faz tempo que muita gente fala da minha idade. Todo mundo quer saber como vai ser. Eu não tenho data (para me aposentar). Só estou deixando a natação me fazer feliz, como sempre fez e seguir pelo tempo que eu tiver que seguir. Se vai ser a minha última Olimpíada, eu não estou pensando nisso”, declarou.

A Olimpíada de Paris-2024 será a quarta de Ana Marcela. A atleta de 32 anos estreou nos Jogos de Pequim-2008, com apenas 16 anos. Não conseguiu competir em Londres-2012. Mas esteve no Rio-2016 e também em Tóquio, em 2021.

“Só estou fazendo simplesmente o que eu amo. O alto rendimento é difícil, mas dá um gostinho muito bom de representar o Brasil. De conquistar coisas, de subir ao pódio e ouvir o Hino Nacional. São coisas que não quero deixar de ter já. Ao mesmo tempo, preciso saber o momento certo de parar. O meu maior diferencial é que comecei muito nova, aos 16. Imaginar que são praticamente cinco ciclos olímpicos, é muito tempo no alto rendimento, no nível que sempre disputei.”

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