13 de maio de 2024 Atualizado 07:48

Notícias em Americana e região

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Cultura

Último grande sucesso das seis, Globo volta a reprisar ‘Alma Gêmea’

Dirigida pelo saudoso Jorge Fernando, “Alma Gêmea” contou com 227 capítulos e gravações ambientadas em lugares como Bonito, no Mato Grosso do Sul, e na região mineira de Carrancas

Por Geraldo Bessa - TV Press

28 de abril de 2024, às 08h28

Histórias simples e de forte apelo popular fizeram de Walcyr Carrasco um dos autores mais prestigiados da Globo. A trajetória de êxito na emissora começou com “O Cravo e a Rosa” e fortalece-se com “A Padroeira” e “Chocolate Com Pimenta”, novelas que, ao longo da primeira metade dos anos 2000, ajudaram a manter a audiência do horário das seis acima dos 30 pontos no Ibope. A boa relação de Walcyr com o público das 18 horas chegou ao ápice com “Alma Gêmea”. Exibida originalmente exibida em 2005 e já reprisada pela Globo e pelo Canal Viva, a novela volta ao ar a partir do dia 6 de maio, na faixa saudosista “Vale a Pena Ver de Novo”.

📲 Receba as notícias do LIBERAL no WhatsApp

Folhetim dos mais tradicionais, “Alma Gêmea”, aborda uma história de amor que resiste ao tempo, tragédias e diferenças sociais. Ambientada nos anos 1920, a primeira fase da trama mostra o amor à primeira vista do botânico Rafael e da bailarina Luna, de Eduardo Moscovis e Liliana Castro. Em pouco tempo, o casal se casa e tem seu primeiro filho. No entanto, tanta felicidade desperta o ódio e a inveja da ambiciosa Cristina, prima de Luna, interpretada por Flávia Alessandra. Além de querer o marido da prima, Cristina também deseja as joias da família, que foram presenteadas a Luna.

Disposta a infernizar a vida da bailarina, Cristina arma um plano que culmina com a morte da mocinha e o sumiço das joias. “É o começo de uma vida de altos e baixos. Cristina sempre foi rejeitada por todos e não sabe amar. Ela vai fazer de tudo para ter a vida que quer. Essa objetividade em ser rica, amada e respeitada me rendeu ótimas cenas. Era uma vilã passional e focada”, analisa Flávia Alessandra.

Desde pequena, a menina Serena, de Priscila Fantin, de origem indígena tem estranhas visões com rosas e com a vida de Luna. No início dos anos 1940, após uma invasão de sua aldeia, a jovem parte rumo a São Paulo, mais precisamente para a pequena e fictícia Roseiral. “A personagem entende que existe uma conexão com essa cidade e tudo se confirma quando ela encontra o Rafael”, explica Fantin. Serena acaba dividindo a cidade. De um lado, boa parte dos moradores simpatizam com a moça e sua história. De outro, os que torciam para que tudo não passasse de uma fraude.

Seguindo à risca o estilo de Walcyr, a novela contrastou sua densidade com fortes cargas de humor. Neste quesito, dois núcleos chamaram a atenção: a família do simples Crispim, de Emílio Orciollo Netto, que implicava com qualquer um dos pretendentes de sua irmã Mirna, de Fernanda Souza. E a movimentada pensão de Divina, onde os personagens viviam em pé-de-guerra e foi berço da paixão entre a desquitada Olívia e o dedicado Vitório, personagens de Drica Moraes e Malvino Salvador.

Dirigida pelo saudoso Jorge Fernando, “Alma Gêmea” contou com 227 capítulos e gravações ambientadas em lugares como Bonito, no Mato Grosso do Sul, e na região mineira de Carrancas. Entre os diversos destaques do elenco, Ana Lúcia Torre brilhou como Débora, a megera mãe de Cristina que acaba morrendo envenenada, e Fúlvio Stefanini, como o apaixonado Osvaldo. “É uma novela romântica por natureza e o público adora fantasia. Acho que foram fatores importantes para o sucesso”, exalta o autor, tentando justificar a ótima audiência, cujo o capítulo final alcançou 57 pontos no Ibope. Os números crescentes acabaram por fazer de “Alma Gêmea” o último grande êxito do horário das seis, com média geral de 40 pontos.

Publicidade