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Cultura

São Paulo recebe o Festival Internacional de Mágica

Por Agência Estado

23 de agosto de 2019, às 16h03 • Última atualização em 23 de agosto de 2019, às 21h03

O público paulista terá a chance de se divertir com o show Ilusões – Festival Internacional de Mágicas, que tem direção do o ator, mágico e comediante Gabriel Louchard e do cineasta Pedro Antonio. As apresentações serão de sexta, 23, a domingo, 24, no Teatro do Shopping Frei Caneca, em São Paulo.

Trata-se de um espetáculo para divertir a família inteira, em uma mistura de teatro com ilusionismo moderno, tendo como convidados os mágicos Moulla e Norbert Ferré (França), Christopher Hart (EUA), Andrélly (Brasil/Portugal) e a dupla Vik e Fabrini (Brasil), que já venceu o Fism, tipo a copa do mundo dos mágicos.

Gabriel Louchard fala um pouco desse espetáculo de ilusionismo, confira abaixo:

Como surgiu a ideia desse festival, demorou para conseguir montar o projeto?

Surgiu há um ano e até a estreia vinha pensando nele, justamente por não encontrar espetáculos do gênero no Brasil. Se você for na Europa e EUA você encontra muitos shows de ilusionismo. A ideia foi a de fomentar a cultura do ilusionismo e criar um público mais específico, trazendo grandes nomes internacionais e nacionais e comigo costurando tudo com mágica e comédia brasileira e improviso, que é uma coisa que eu faço desde muito novo. O mais difícil foi conseguir conciliar a minha agenda com a agenda de todos os artistas em todas as cidades que eu queria apresentar.

Como foram escolhidos os participantes, foi fácil acertar com todos?

Não foi fácil. Conversei com vários artistas, estive na Europa. Eu queria um elenco eclético, mágicos de estilos variados, internacionais e brasileiros para esse primeiro Ilusões. Até que cheguei no Vik e Fabrini, que é uma dupla de mágicos brasileiros não são muito conhecidos aqui, mas que são fenômeno na Europa. Moraram 20 anos em Paris e têm uma esquete que apresentam há mais de 30 anos, são geniais! E eles fazem uma mistura de trabalho de corpo com mímica, com mágica cômica, muito interessante. Tem o Norbert Ferré da França, que é simplesmente um gênio, sou muito fã. Ele ganhou o FISM, que é como se fosse a copa do mundo dos mágicos – o prêmio mais importante que existe no mundo da mágica. Ele é um exímio manipulador, tem uma habilidade fantástica e Clown também. O Andrelly é um brasileiro/português, naturalizado. Morou 20 em Portugal, se apresentou em vários lugares da Europa, e mistura vários estilos de mágicas diferentes e no show ele faz um grande número de mentalismo. Tem o Moulla, que é um mágico jovem mágico francês, totalmente tecnológico. Ele faz dois números com lead, a apresentação dele é muito diferente do que a agente está acostumado a ver. E o Christopher Hart que é um americano e interpretou o mãozinha na família Addams e foi escolhido justamente por essa habilidade manual. Ele tem dois números de criação própria que são muito originais e que ele trouxe para o show. E eu, que vou costurando tudo com comédia e faço a abertura e o fechamento. E dirijo o espetáculo junto com o Pedro Antonio, que foi diretor de vários filmes.

Espetáculos desse tipo remetem a outros tempos, não? desde quando surgiu em você a vontade de ser um ilusionista?

Não remete a outros tempos, pois ele não faz referência a mágica clássica, ao mágico de fraque e cartola. A apresentação do Vik e Frabrini acaba sendo uma caricatura disso, uma brincadeira em esquete cômica, mas são todas mágicas modernas. Não tem pombo, coelho, na proposta do show, é um show de ilusionismo moderno.

O que destacaria no espetáculo, alguns números serão mais impressionantes?

Destaco a dupla Vik e Frabrini que são os brasileiros que fazem um ato fantástico e que até o final você fica se perguntando se aquilo é ou não é eu não posso dar spoiler. E a presença do Norbert Ferré, com um carisma absurdo, um francês que aprendeu português só para fazer esse show. Está pela primeira vez no Brasil, depois de já ter rodado mais de 60 países. No Ilusões ele faz uma mágica muito surpreendente, que a plateia aplaude de pé.

O que é ser um mágico? fazer mágica é saber iludir as pessoas?

Na minha opinião é ser ato. Ele tem que saber enganar, não no sentido de esconder, apenas fazer o público acreditar que ele é aquele personagem. Eu sou mágico, sou ator, sou comediante, aos 10 anos de idade eu já fazia teatro e mágica e fui o mágico profissional mais novo do Brasil aos 12 anos de idade. Minha carreira como ator cresceu muito depois da carreira de mágico, fiz novela, vou estrear agora um filme como protagonista com a Nathalia Dill, estou fazendo uma série. E as duas artes são muito próximas e parecidas. O mágico tem a função de levar o entretenimento e fazer a pessoa se questionar se aquilo é possível ou não. As crianças veem o mágico como super-herói. Os adultos veem de forma diferente, mas não tira o impacto da arte porque ficam impressionados como aquele cara consegue fazer o impossível diante dos seus olhos. E a minha concepção de mágica já é diferente, porque tudo meu é associado à comédia. No meu caso, a mágica é uma ferramenta que está a favor da comédia, e eu uso a mágica para iludir e para fazer rir. A mágica é considerada a arte mais antiga do mundo e o grande poder da mágica é proporcionar o lúdico e ao mesmo tempo o riso.

De onde vem sua inspiração, tem algum nome que te encanta (ou) nessa área?

Adoro vários mágicos, conheço muitos do cenário internacional, mas a minha grande inspiração não vem da mágica. Eu amo a mágica, mas amo a atuação e a comédia. A minha grande inspiração vem de comediantes como Chico Anísio, Jô Soares, Pedro Cardoso. E também dos meus amigos das gerações mais novas, como Fábio Porchat, Tatá Werneck.

O que gostaria de fazer ou mudar apenas com um truque de mágica?

Se eu pudesse fazer uma mágica hoje, no cenário artístico, seria proporcionar cultura para todo mundo. Para que todos tivessem acesso a filmes, a teatro, livros, pois a arte tem o poder de transformar. Tem lugares no interior de Norte e Nordeste que nem sala de cinema existe. Então eu estalo os dedos para isso acontecer!

Vai levar o espetáculo para outras cidades?

Começamos no Rio e fomos para Fortaleza,Curitiba, Brasília, Belo Horizonte e estamos fechando a turnê em São Paulo neste fim de semana. Para o ano que vem, já estamos pensando em fazer outras cidades.

Vai retornar em novas temporada do seu programa na TV?

Estamos negociando uma terceira temporada do Truque de Humor, no Multishow.

ILUSÕES – FESTIVAL INTERNACIONAL DE MÁGICAS

Teatro Shopping Frei Caneca. Rua Frei Caneca, 569, Consolação, São Paulo

6ª e sáb., às 21h; dom., às 19h

Ingressos: R$50 a R$100

https://www.sympla.com.br/eventos?s=ilus%C3%B5es

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