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Cultura

Nicolas Prattes estreia no horário nobre em ‘Mania de Você’, da Globo

Ao lado do elenco e da equipe, ele passou por Porto, Lisboa e Linhares da Beira para as gravações iniciais

Por Caroline Borges/TV Press

20 de outubro de 2024, às 16h26

Nicolas estreou na televisão em 2000, aos dois anos, na novela “Terra Nostra”, interpretando Francesquinho, filho perdido dos protagonistas em uma participação no último capítulo. - Foto: Divulgação - Globo

Nicolas Prattes tinha uma série de planos ao finalizar os trabalhos de “Fuzuê”. Após diversos projetos na tevê, o ator de 27 anos pretendia finalmente dedicar boa parte de seu tempo ao cinema. Mas uma única ligação do diretor artístico Carlos Araújo alterou a rota profissional de Nicolas novamente, ao convidá-lo para viver o misterioso Rudá, de “Mania de Você”.

“Ele me colocou numa sala e me mostrou o clipe de apresentação da novela. Falei que ele era um filho da mãe. Eu estava certo de que só iria fazer cinema por um tempo. Mas me apaixonei pelo projeto de cara”, afirma.

Na história de João Emanuel Carneiro, Rudá é ativista ambiental e namorado de Luma, papel de Agatha Moreira. Acaba se envolvendo com Viola, de Gabz, depois que ela chega em Angra dos Reis. O rapaz, porém, foge para Portugal quando se torna principal suspeito do assassinato de Molina, mas segue apaixonado por Viola.

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“O Rudá é um homem da terra, um homem com os pés no chão e as mãos no mar. É um espírito livre que não precisa de muito para ser feliz. A ambição dele é ficar sempre no lugar onde ele nasceu, onde foi criado, com a tia dele, com o irmão, pescando, ajudando a comunidade em que ele vive”, explica Nicolas.

Antes de mergulhar em uma rotina ativa nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, Nicolas gravou cerca de uma semana em Portugal. Ao lado do elenco e da equipe, ele passou por Porto, Lisboa e Linhares da Beira. Na trama, Rudá trabalha cuidando dos animais do Oceanário de Lisboa, quando vê Viola, papel de Gabz, em uma nova fase de sua vida, e decide voltar para o Brasil, abandonando Felipa, de Joana de Verona.

“No oceanário, tive a oportunidade de conversar com os profissionais que alimentam os tubarões, alimentam os peixes, limpam os aquários. Com os biólogos que trabalham lá também. Há todo um trabalho por trás que nós não imaginamos. A gente visita ali, a gente olha aqueles peixes lindos, mas quando você vai para o backstage você aprende muita coisa”, afirma.

Seus últimos anos têm sido agitados profissionalmente. Recentemente, você emendou projetos, como “Todas as Flores”, “Fuzuê”, “Vicky e a Musa” e “Rio Connection”. Essa sequência intensa foi uma busca sua ou os convites foram irrecusáveis?

É uma série de pequenos presentes que estou recebendo. E sempre estou recebendo o carinho do público, que me dá uma força gigantesca. Foi tudo muito doido porque nada foi planejado. Minha vida foi tomando uma série de caminhos.

Como já é de praxe, os personagens criados por João Emanuel Carneiro contam com personalidades dúbias. Para você, quem é o Rudá?

Entendo que a gente fale mocinho e vilão porque precisamos divulgar a novela dessa forma. Mas acho que é algo mais elaborado e complexo do que isso. Assim como a Adriana Esteves, eu gostaria de falar do Rudá apenas quando a novela acabasse. Nunca fiz um personagem com tanto mistério em volta. Já tenho mais ou menos até o capítulo 80. Mas ainda não descobri bem o Rudá. É meu maior desafio profissional até o momento.

Por quê?

O João conseguiu me dar um desafio maior do que em “Todas as Flores”. Se você ler as duas primeiras linhas do Rudá e do Diego, são bem parecidas. Ambos sofrem uma injustiça e vão atrás de vingança. Mas o Diego queria dinheiro, uma BMW na garagem. O Rudá já nasceu no melhor lugar do mundo. Ele só precisa de uma blusa para ser feliz e não quer sair daquela praia. Cada dia eu construo um novo tijolo pro Rudá, mas não sei como esse castelo vai ficar no final. O Rudá é muito instintivo. É o personagem mais físico que tive na vida.

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É mais complexo construir um personagem sem tantas informações prévias?

É mais complexo e trabalhoso. Mas isso não me assusta e nem me dá medo. Medo eu tenho é de terremoto (risos). Sempre vou ter esse frio na barriga ao começar um projeto. O dia que isso não acontecer algo de muito errado está rolando. O Rudá é muito distante de mim. Por exemplo, se fosse ele aqui batendo esse papo, ia levar uns dois dias. Ele fala mais lentamente, tem outro tempo.

Com tantos convites e projetos surgindo, qual é seu critério de seleção para um novo trabalho?

Hoje me posiciono nesse lugar mais maduro, porque vou me conhecendo mais e tendo sabedoria para dizer não. Por exemplo, o Nicolas de seis, sete anos atrás: “Quer fazer essa novela? Sim”. Hoje, já vou avaliando: isso vai me fazer bem? Vai me fazer crescer como ator? Como ser humano? É onde quero estar? Qual história eu quero contar? Essa atitude vem do sincericídio, porque se não quero contar tal história, preciso dizer não, e é isso. É uma forma de não ser omisso.

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