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Cultura

Helena Ranaldi: No amor e na dor

Com o fim da reprise de “Fina Estampa”, Helena Ranaldi relembra personagem terminal que escolhe morrer perto do filho e do ex-marido

Por TV Press

17 de setembro de 2020, às 16h26

Se teve uma coisa que Helena Ranaldi se acostumou em sua carreira na tevê foi lidar com as questões dramáticas de suas personagens. E isso mesmo quando sua aparição é mais rápida, como na época em que gravou suas cenas como a doente terminal Chiara de “Fina Estampa”.

A atriz recorda com muito carinho esse período. Especialmente o momento dessa despedida. “Lembro, por exemplo, da cena da morte dela no táxi da Vilma, papel de Arlete Salles. O diretor da cena, Marcus Figueiredo, era formado em Medicina, o que ajudou bastante”, conta a paulistana de 54 anos.

As principais recordações de Helena estão mesmo na reaproximação de Chiara com o filho e na própria morte da personagem – Foto: Globo / Divulgação

Na história, Chiara sofre de uma doença terminal e, sabendo que sua morte se aproxima, decide passar seus últimos momentos perto do filho Fábio, vivido por Guilherme Leicam, e do ex-marido Juan, personagem de Carlos Casagrande. O problema é que Juan estava de casamento marcado com Letícia, interpretada por Tânia Khallil, e a chegada repentina da ex acaba atrasando os planos do novo casal.

Na época, o jeito misterioso como Chiara foi apresentada pelo autor Aguinaldo Silva chegou a abrir espaço para se pensar que poderia se tratar de uma mulher mentindo, tentando retomar sua antiga família. “Acredito que o público tenha ficado com essa dúvida, assim como eu também. Ela poderia ser uma vilã que simplesmente voltou para atrapalhar a vida do ex-marido, por conta de algo mal resolvido na história deles”, analisa Helena.

No entanto, Helena confessa: sabia que a ideia original era mesmo mostrar uma mãe que, ao saber que não tem mais como lutar contra sua doença, decide se reaproximar do filho. Mesmo assim, como atriz experiente que é, também sabia que, dependendo da repercussão e da vontade do autor, tudo poderia mudar. “Acho obras abertas interessantes pelo fato de poderem ter várias possibilidades de trama para as personagens. É um ponto positivo das novelas”, aponta.

LEMBRANÇA
Estão mesmo na reaproximação de Chiara com o filho e na própria morte da personagem as principais memórias de Helena sobre “Fina Estampa”. Das cenas que gravou com Guilherme Leicam, sobra carinho por parte dela. Já sobre o desfecho, a atriz é bem mais detalhista.

“Eu lembro que o diretor iniciou a cena com um close na minha mão, que começava a tremer. Depois, seguiu com a câmera para os olhos, que piscavam. E, então, ela tem realmente a convulsão e acaba morrendo”, recorda Helena, que se mostra bem sincera ao falar sobre como enfrenta esse período de isolamento social, em função da pandemia do novo coronavírus. “Há dias melhores que outros. A gente acaba, de alguma forma, se acostumando. Apesar de não ser fácil, temos de nos reinventar”, afirma.

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