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Cultura

Em ‘O Jogo que Mudou a História’, Jonathan Azevedo exalta importância de histórias sociais diante das câmeras

Por CAROLINE BORGES - TV PRESS

29 de junho de 2024, às 18h55 • Última atualização em 29 de junho de 2024, às 18h56

Jonathan Azevedo tem encarado uma carreira ascendente diante das câmeras nos últimos anos. Papéis de destaque e no horário nobre são uma realidade na trajetória recente do ator, que cresceu na Cruzada São Sebastião, um conjunto habitacional popular na Zona Sul do Rio de Janeiro. No entanto, em meio a tantos personagens relevantes, o líder do tráfico Gilsinho, de “O Jogo que Mudou a História”, trouxe uma conexão reflexiva para Jonathan durante os momentos no set da série original Globoplay.

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“Fazendo uma reflexão, lutei para não ser o Gilsinho. Por mais que a pessoa não tenha acesso às ferramentas corretas para que possa chegar onde deveria chegar, não pode desistir. Como o próprio Gilsinho, que poderia ser um grande empreendedor”, imagina o ator. Jonathan diz que se preocupa em entregar um pouco das condições que dificilmente chegam em lugares como o de onde ele veio, como educação, amor e afeto. “Mantenho sempre essa conexão e não desisto das pessoas, porque ninguém desistiu de mim”, explica Jonathan, que chegou às artes através do tradicional projeto cultural “Nós do Morro”, da comunidade carioca do Vidigal, na Zona Sul da cidade.

Na trama criada por José Júnior, Gilsinho é o chefe do Morro da Promessa, favela fictícia inspirada no Morro do Juramento, comunidade da Zona Norte do Rio. Número 1 do tráfico, ele é ovacionado pela população. Além de ser carismático, o filho de Dona Cida e Seu Antonio, vivido por Elizia Gomes e Wilson Rabelo, tem como sua maior preocupação a qualidade de vida dos moradores. Inteligente e estratégico, vira uma figura conhecida dentro e fora das prisões de toda a cidade. “Gilsinho usa muito mais a sabedoria do que a própria força”, aponta.

O enredo de “O Jogo que Mudou a História” acompanha o nascimento das facções do narcotráfico no Rio de Janeiro e as figuras que têm ligação direta com esse movimento. Os personagens ganharam outros nomes, mas são inspirados em traficantes da vida real, como é o caso de Gilsinho, vivido por Jonathan, que replica o famigerado Escadinha, apelido de José Carlos dos Reis Encina“Vivo um personagem que realmente existiu. Gilsinho é um cara que mistura o intelecto e a paixão que o Jonathan tem como pessoa. Todo mundo que fez parte desse projeto deixou parte de sua vivência para o povo ver esses Brasis do Brasil. Fazer um papel que realmente existiu torna tudo mais complicado na construção”, afirma.

Recém-saído de “Terra e Paixão”, Jonathan não planejava viver outro bandido no atual momento de sua carreira. Porém, todos os elementos que cercavam o projeto liderado por José Júnior, fundador do Afroreggae, mudaram a mente do ator. “Temos 75% do povo preto trabalhando na linha de frente do cinema e da dramaturgia nessa produção. Um diretor incrível, roteirista maravilhoso, uma preparadora fantástica. E pessoas que me inspiraram no elenco, além da galera que me acolheu. O José Junior tem uma importância enorme ao colocar todo esse elenco junto pra contar essa história”, valoriza.

“O Jogo que Mudou a História” – Episódios disponíveis semanalmente no Globoplay

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