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Cultura

Com humor e romantismo, ‘No Rancho Fundo’ mira na identificação popular

Por CAROLINE BORGES - TV PRESS

17 de abril de 2024, às 19h18

Mario Teixeira, que assina a trama de “No Rancho Fundo”, próximo folhetim das seis, busca levar para as telas suas observações do dia a dia brasileiro. Com humor, leveza e romantismo, a produção, que estreia amanhã, dia 15, faz um retrato do Brasil que está além dos grandes centros. Para isso, o autor apresenta ao público a família Leonel Limoeiro, que tem Zefa Leonel, papel de Andrea Beltrão, como matriarca.

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“Essa novela é um retrato do nosso Brasil, que é tão grande. E as famílias grandes no Brasil são uma característica, salvo nos grandes centros em que está diminuindo. Mas até hoje no Nordeste isso é muito comum. Essa família é um pouco a nossa casa, é o que acontece dentro da casa da gente, são os dramas, são as questões familiares que a gente tem”, explica.

Ambientada em Lasca Fogo e Lapão da Beirada, ambos no Sertão do Cariri, a novela mostra a persistência de Zefa Leonel e de seu marido, seu Tico Leonel, de Alexandre Nero. Os dois são pais de Quinota, Zé Beltino e Juquinha, interpretados por Larissa Bocchino, Igor Fortunato e Tomás de França. No entorno da região onde vive a família existem áreas de garimpo que, há muito tempo, se acredita estarem escassas. Mas a persistência de Zefa Leonel e a esperança de ajudar a família vão colocá-la diante de algo que vai transformar suas vidas. O achado de uma pedra preciosa vai garantir à família o acesso a um universo luxuoso jamais visto ou sonhado. De Lasca Fogo eles partem rumo a Lapão da Beirada, vivendo um choque cultural e civilizacional.

“O que me encanta é que Zefa Leonel é uma mulher simples, uma mulher da vida brasileira, uma mãe de família, uma mulher que trabalha, que tem quatro, cinco jornadas, que cuida dos filhos, cuida do marido, ajuda o marido, porque o marido também é muito presente. Então, acho que tem esse encanto de representar uma simplicidade na vida que, para mim é o que tem de mais sofisticado dentro da dramaturgia”, aponta Andrea.

Boa parte do romantismo da novela está inserido na história de Quinota. A jovem sonha em encontrar Marcelo Gouveia, interpretado por José Loreto, que ela acredita ser seu grande amor. Enquanto Quinota nasceu e foi criada em meio às galinhas, Marcelo viveu em Lapão da Beirada, a parte urbana da região sertaneja. No entanto, a desilusão com primeiro amor colocará o ético Artur Ariosto, de Túlio Starling, no caminho da mocinha.

“É minha primeira novela e tem uma equipe unida, que está sendo uma escola, a troca com os colegas é gratificante. Estamos construindo essa relação que é muito humana, apesar da fábula, do melodrama do casal, do amor romântico e que vai lutar mundos e fundos para ficarem juntos. Tem camadas legais de trabalhar em cena”, afirma Larissa.

A produção reunirá novamente o autor Mario Teixeira com o diretor Allan Fiterman. Os dois, que são velhos conhecidos, estiveram juntos na trama de “Mar do Sertão”. “Ele (Mario) é um dos maiores autores da atualidade, entra na história profundamente. As cenas são longas e com muito conteúdo, interessantes e cheias de atos dramáticos, o que dá prazer em gravar. Nós temos uma grande sintonia, nos falamos todos os dias. Estamos no mesmo caminho”, vibra o diretor.

A parceria reeditada entre autor e diretor não é o único detalhe importado de “Mar do Sertão”. Mario Teixeira também resgatará alguns personagens da antiga novela das seis, que foi ao ar em entre 2022 e 2023. “Foi durante uma conversa com a direção que essa ideia surgiu. Não sei bem de quem foi na verdade. Acho até que foi do Allan (risos)”, afirma o autor.

Na história, Debora Bloch dará vida novamente a Deodora, a fazendeira vilã de “Mar do Sertão”. Ela agora chega com uma roupagem totalmente diferente. “A Deodora se mudou para Lapão da Beirada, onde agora é dona do Cabaré Voltagem, e sócia de Vespertino (Thardelly Lima), com quem faz uma dupla divertida de trambiqueiros gananciosos. Ela volta divertida e mais vilã do que nunca”, adianta a atriz, que reencontra também Welder Rodrigues e Titina Medeiros, que revivem Sabá Bodó e Nivalda.

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