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Cultura

André Senna vive Marcos Caruso jovem na TV

Ator leva o vilão Sérgio Aranha em uma jornada temporal, vivendo o passado na novela e podendo revelar segredos importantes da trama

Por Gabriel Folena - Mercadocom

20 de janeiro de 2024, às 10h37 • Última atualização em 20 de janeiro de 2024, às 10h38

Responsável por alguns dos segredos da novela “Elas por Elas”, André Senna (41) interpreta o passado de Sérgio, em uma dobradinha com o ator Marcos Caruso, que vive o personagem no presente. Ele dá mais detalhes do papel que divide com o veterano.

“A novela é marcada por flashbacks de acontecimentos passados. Sérgio Aranha é o fundador da Helane, uma das maiores empresas de cosméticos do país. É pai da Helena (Isabel Teixeira) e avô de Giovanni (Filipe Bragança). Seu passado esconde alguns segredos que expõem o seu desvio de caráter. Um destes, já revelado aos telespectadores, mas ainda não revelado aos demais personagens na trama, é que ele foi responsável por subornar a enfermeira Míriam (Paula Cohen) para trocar o próprio neto por outro bebê na maternidade, pois este havia nascido sob o risco de morrer. Giovanni, portanto, não é seu neto biológico”, conta o ator.

O ator traz ainda outro fator importante na história do personagem. “Outro fato sobre Sérgio, que promove uma reviravolta em “Elas por Elas”, é que ele descobre ser o pai de Ísis (Rayssa Bratillieri), fruto de um encontro casual com Adriana (Thalita Carauta) no passado, inimiga de sua filha Helena”, explica.

As primeiras cenas que André gravou foram comandados pelo diretor geral, Caetano Caruso, que deu todo suporte a ele. Além disso, André teve uma conversa com o próprio Marcos Caruso no seu primeiro dia de gravação.

“Contei com a ajuda do Vinicius Arneiro, preparador de elenco da novela, que foi muito importante para eu entender melhor o personagem. Quando fui gravar, ainda não tinha visto as cenas com o Marcos Caruso, pois a trama ainda não havia estreado. Mas aconteceu de ele estar gravando neste mesmo dia, então a direção me convidou para assistir às gravações de duas cenas em que o Caruso estava e me inteirar da condução que ele dava ao personagem. Marcos inclusive leu uma parte do texto comigo, para pontuar algumas frases com as características do personagem Sérgio”, complementa ele.

“Os personagens Sérgio e Helena também escondem algo que parece envolver a morte de Bruno (Luan Argollo), irmão de Natália (Mariana Santos), um dos conflitos principais na novela. Então acho que ainda há muita história para contar nesses flashbacks. Não posso dar spoilers, mas a trama está cheia de revelações por vir”, completa o ator.

O ator, que é mineiro e iniciou a carreira em Belo Horizonte, tem 20 anos de experiência no teatro, e é fascinado também pelo universo do audiovisual. Recentemente, engata trabalhos no cinema, televisão e teatro. Além de “Elas por Elas”, ele pode ser visto no recém lançado filme “O Sequestro do Voo 375”, dirigido por Marcus Baldini e produzido pelo Estúdio Escarlate, de Joana Henning, com a coprodução do Star+, selo dos Estúdios Disney voltado para o cinema nacional.

“É uma rara e grande produção nacional, de ação, baseada em um caso real que aconteceu no Brasil nos anos 80. Conta a história de um cidadão que sequestra o voo 375, da Vasp, cheio de passageiros, e ordena ao comandante que jogue o avião em cima do Palácio do Planalto. Meu personagem é o piloto do caça F5 que persegue o avião sequestrado, Jaguar 1”, relata André.

Ele ainda coproduz e atua no curta-metragem “Mergulho”, dirigido por Rita Clemente, que está circulando por festivais no Brasil e Exterior. O trabalho foi premiado recentemente no Festival de Cinema Açaí, em Belém do Pará.

No teatro, Senna foi idealizador, ator e co-dramaturgo na peça “Meta”, que tem direção de Debora Lamm. O espetáculo obteve sucesso de crítica e de público na temporada de estreia em 2023, no teatro de Arena do Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro, e se prepara para nova temporada em 2024.

Meta fala de diversidade e propõe uma metáfora das estruturas de poder sociais a partir de quatro finalistas de um reality show, que fazem de tudo pela vitória, sob os comandos de uma estranha voz. A peça evidencia uma relação empírica entre dominado e dominador, amplificando e revelando um produto direto dos preconceitos e dos métodos de exclusão, que permeiam a narrativa. Com humor e drama, faz uma reflexão profunda sobre essas interações sociais complexas”, revela o ator.

Além de atuar, escrever e produzir, André Senna é designer e um estudioso da Psicanálise. “Faço análise desde a minha adolescência, entre idas e vindas. Meu interesse foi das sessões para os livros, e depois para um estudo mais formal. Meus projetos autorais no teatro trazem alguma característica que dialoga com a Psicanálise. Atualmente escrevi um roteiro audiovisual que envolve este tema de forma mais direta, também. Poder cruzar estas duas paixões tem sido motivador”, relata.

O artista acredita que, para além de aguardar convites, precisa promover as próprias oportunidades de trabalho. “Claro que queremos ser convidados para trabalhos, mas não podemos depender de um convite para trabalhar. A arte sempre foi um mercado escasso. Então acho muito importante conhecer outras formas de atuar, as leis de incentivo à cultura, editais, e transformar nossos desejos artísticos em projetos, para buscar essas oportunidades”, finaliza André Senna.

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