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Cultura

Alexandre Nero transita entre a comédia e o drama, em ‘No Rancho Fundo’

O ator embarcou no texto tragicômico de Mario Teixeira e, assim como no dia a dia, Nero acumulado risadas e lágrimas para viver o novíssimo personagem em cena

Por CAROLINE BORGES_TV PRESS

05 de maio de 2024, às 11h06

Há pouco mais de 15 anos na tevê (ele estreou em “A Favorita”, de 2008) Alexandre Nero já está habituado com toda a dinâmica que cerca o trabalho - Foto: Divulgação - Globo

Alexandre Nero tem um choque de realidade cada dia que entra nos estúdios de “No Rancho Fundo”, nova novela das seis da Globo. O ator, que vive o ingênuo Tico Leonel, embarcou no texto tragicômico de Mario Teixeira e, assim como no dia a dia, Nero acumulado risadas e lágrimas para viver o novíssimo personagem em cena.

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Nero tem encontrado parcerias frutíferas diante do vídeo. O ator tem uma série de elogios para Andréa Beltrão, que vive Zefa Leonel. “A Andrea é boleira. Então, acho que essa parceria é um golaço (risos). Ela é uma parceira que passa a bola redonda, eu tento devolver redonda. A gente não ocupa os mesmos espaços na área. Não ficamos dando cabeçada. Um privilégio estar ao lado dela”, valoriza.

Mas não é a só a veterana atriz que tem encantado Nero em cena. O ator também reserva alguns elogios para o elenco jovem do folhetim das seis. “Nunca tinha visto os protagonistas na tevê. Eles são incríveis. Como tem gente boa por aí. Eles têm timing de comédia e drama. Temos uma escalação muito boa nessa novela”, aponta.

Na novela, Tico Leonel é marido de Zefa. Matuto, ele é muito esperto, mas se mostrara ingênuo diante das malícias da cidade grande. Passa a se considerar o cérebro da família, mas, na verdade, se deixa levar facilmente pela primeira impressão. Quando deixarem o sertão rumo à cidade, se envolverá com quem não deve, colocando em risco a paz familiar. “Temos um bastidor muito animado nessa novela. Isso não se forja. Não tem fórmula de sucesso, mas temos indícios de que será um trabalho prazeroso e de sucesso do começo ao fim”, torce.

Inicialmente, você estava escalado para viver o vilão Quintino, que é interpretado por Eduardo Moscovis. Como o Tico Leonel chegou até você?

Tinham me oferecido o personagem do vilão. E eu tinha acabado de sair de um vilão das 18h. Falei com a direção que queria ir para outro lugar. Acabou que o Du (Eduardo Moscovis) pensou a mesma coisa. Ele também não estava se sentindo bem fazendo o mocinho e trocamos. Foi bom para todo mundo. O que faz a gente querer pegar um papel? Ir em busca de coisas diferentes.

No enredo, Tico Leonel é descrito como um homem ingênuo e amoroso. Como está sendo encarar esse tipo tão pacífico?

Tenho levado essa calma para casa. Quando a gente faz um personagem raivoso, traz junto essa raiva do set. De alguma forma, o corpo entende que eu estou levando isso pra casa. Então, no caso do Seu Tico, eu trago todo afeto e amor que tenho pelos meus filhos, pelos meus pais… De alguma forma, isso reflete no meu dia a dia.

Até o momento, como tem sido voltar ao horário das 18 horas?

Estou encantado, bem apaixonadinho pela novela e as pessoas, o texto do Mário e direção do Allan, que posso dizer que poucas vezes tive oportunidade de participar de trabalhos requintados. O Tico Leonel é apaixonante. Faz as pessoas rirem e chorarem. É um personagem com toques de Charlie Chaplin. Uma coisa meio menino abandonado, perdido. Tem uma criança ali. Não é uma metáfora. É real. Sinto como se eu tivesse 15 anos e apaixonado por uma menina.

Após alguns violões e personagens mais dramáticos no horário nobre, você estava com saudades de um projeto mais cômico?

Sim, amo comédia, sou facinho na comédia. A tevê que não me chamou muito para comédia, mas fiz comédia a minha vida toda. Estudei palhaçaria. A tevê que vai colocando a gente em lugares pré-determinados.

De que forma?

A tevê dividia muito esses espaços antigamente, né? Tínhamos os programas de humor e as novelas eram o drama. Então, essas novelas tinham o núcleo cômico. Novela contemporânea não tem mais isso. Ator tem de saber dançar todas as danças. Sempre acreditei nisso. As novelas estão abrindo esses espaços. A vida é engraçada e dramática.

Então a trama de “No Rancho Fundo” tem sido extremamente rica artisticamente para você…

A gente tem feito cenas que mesclam drama e humor e o grande barato é essa transição. E a gente está surfando nesta onda. Não tem nada mais delicioso para um ator. As pessoas podem esperar a melhor coisa de uma novela, que é se emocionar e se divertir. E a novela flerta com outros gêneros. Brincamos com farsesco, o burlesco, tem situações muito diferentes da tradicional novela. As pessoas vão se surpreender positivamente e não estou torcendo, estou apostando nisso.

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