Sonegar impostos é danoso em todos os aspectos. Como possuímos um rol enorme, por sermos um dos países mais tributados do mundo, qualquer sonegação acarreta grandes prejuízos, às vezes até alterando o cronograma do planejamento estatal, atrasando-o, delongando inaugurações e benefícios sociais supernecessários e urgentes.

É odioso notar que, de um jeito ou de outro, para cada imposto sempre existem especialistas tarimbados para criar subterfúgios, desviando o numerário, criando brechas para o escoamento para bolsos indevidos, em detrimento da população carente.

É notório – mas os vesgos não percebem – que, quando alguém se estabelece e enriquece rapidamente, pode-se afirmar como na peça do gênio Shakespeare que “há algo de podre no reino da Dinamarca”.

Existe o criminoso nato, cuja índole é roubar dos cofres públicos, nacos significativos para entesourar-se. Existe o criminoso roubalhão despertado por influências deletérias de falsos amigos, cuja afirmação é a de que ser honesto não vale a pena, pois grande parte não é. Existem aqueles que vão descambando para os desvios, quando percebem que as cúpulas “torram” a arrecadação em regalias nababescas.

Existem aqueles que planejaram mal – pulo no escuro – e percebem que, se não tapearem o fisco, não avançarão nem enriquecerão.

Existem aqueles que desde o início só pensavam nisso. Para cada caso há uma razão e classificação. Quando apanhados nas malhas da lei contratarão especialistas que dão nó no vento. Às vezes escaparão. Noutras esticarão os prazos com recursos jurídicos sem fim. As ocorrências acontecem mundo afora, muito mais onde e quando as leis são mal elaboradas e pouco cumpridas. 

João Rodella
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