O mosquito da dengue passou a circular em Americana no início dos anos 90. Foi em uma borracharia do bairro São Vito que uma equipe de controle contratada pela prefeitura identificou uma larva do Aedes aegypti. Demorou para que a doença se tornasse um grande problema de saúde pública, ao menos na cidade.

Dados da Vigilância Epidemiológica do município contabilizam que entre 2009 e 2023, foram registrados 30 mil casos positivos de dengue. Destes, 20 foram fatais. E destas 20 mortes, 10 ocorreram entre 2021 e o ano passado.

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Nos últimos dez anos, Americana teve ao menos quatro anos com epidemias. Em 2014 e 2015, a cidade registrou, respectivamente, 9 mil e 7,3 mil casos. Naquela época, houve uma sobrecarga no sistema de saúde local, com pacientes tomando soro no chão e filas enormes para atendimento.

Em anos seguintes, novas epidemias. Em 2019, foram 4,5 mil infectados, em um ano que teve quatro óbitos. Três anos depois, mais 4,3 mil contaminações, mas, desta vez, com um recorde de mortes que colocou a situação do município como uma das mais alarmantes do Estado. Foram oito vítimas naquele ano.

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Diante de um histórico de problemas com a dengue, pareceu não fazer sentido o fato de Americana – bem como o restante da região – não ser uma das cidades que receberão a vacina contra a doença, que terá aplicação pelo SUS neste ano, a começar por crianças e adolescentes.

As regiões escolhidas pelo Ministério da Saúde são formadas por municípios com mais de 100 mil habitantes, com alta transmissão em 2023 e 2024 e com maior predominância do sorotipo 2 do vírus.

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Ainda que conte com uma estrutura de saúde reforçada, que inclui quatro hospitais públicos e privados, Americana não pode se descuidar. Fora da lista da vacina, é preciso consciência para evitar a proliferação do mosquito e, consequentemente, da doença. Por outro lado, fica a expectativa de que, com a imunização, a dengue possa ser motivo de preocupações menores.