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Editorial

Segurança nos trilhos

Por Redação

11 de setembro de 2020, às 07h53

O acidente do VCA 141, há dez anos, pauta de uma série especial de reportagens do LIBERAL nesta semana, ajudou a colocar em debate, na época e nos anos seguintes, a segurança da linha férrea na região.

Pelas cidades locais, passam ao menos 20 quilômetros de trilhos, por onde escoam cargas vindas de estados do Centro-Oeste, produtores de grãos, até o porto de Santos, para exportação.

O vaivém de trens é comprovado pelas estatísticas informadas pela Rumo, concessionária responsável pela linha. A região registra a passagem de uma composição a cada hora, em média.

O tráfego intenso se une à característica de que uma boa parcela dos trilhos se encontra em trechos urbanos. Em Americana, por exemplo, a linha é uma barreira física – junta do Ribeirão Quilombo – que corta a área central, de grande movimento de veículos e pessoas. A tragédia do VCA 141, em 2010, se deu exatamente em uma destas transposições, das poucas, porém, que são feitas no nível dos trilhos, e não por viadutos, por exemplo. A segurança foi reforçada depois do acidente, com uma até então inexistente cancela.

Ainda que manual e alvo de reclamação, ela é fundamental para evitar que motoristas e pedestres tomem decisões que culminem em acidentes.

Mas, em outros pontos da região, as passagens de nível continuam a ser pontos com riscos iminentes de acidentes. Em Sumaré, o cruzamento no Jardim Primavera é um dos exemplos. Em Hortolândia, há até radar, mas é possível avançar sobre os trilhos do mesmo jeito.

Contar com a conscientização da população parece insuficiente para se evitar tragédias. O caso do VCA é um exemplo. É preciso que haja barreiras mais eficazes do que o bom senso, como as cancelas, para trazer segurança. Um empenho mútuo neste sentido, ainda que além das obrigações legais, e não o conhecido jogo de empurra.

O Liberal

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