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Editorial

Resiliência na pandemia

Por Da Redação

03 de maio de 2020, às 08h22 • Última atualização em 04 de maio de 2020, às 08h25

A quarentena que nos é imposta pelo coronavírus já passa dos 40 dias. Desde 21 de março, quando o governo municipal em Americana antecipou a medida anunciada pelo Estado, comércios, bares, restaurantes e outros diversos estabelecimentos baixaram as portas para dar início a uma fase dura e inédita de isolamento social, necessário para conter a proliferação do novo coronavírus (Covid-19).

Nos últimos anos, Americana é uma cidade que tem convivido com surtos preocupantes de doenças, mas nada parecido com o que se vê agora. Na pandemia de H1N1, em 2009, a preocupação, mesmo grande, não chegou a parar as atividades econômicas. A convivência seguiu com a higiene reforçada. Tinha-se um vírus mais brando e tratamentos mais eficazes, porém, do que a Covid-19, causada por um vírus desconhecido.

A relação de cada cidade ou país com esta nova ameaça de saúde global pode ensinar muito sobre a capacidade de sermos resilientes. A cultura de cada sociedade, adquirida durante séculos de existência e antigas adversidades, é fator importantíssimo na maneira como se atravessa uma crise como esta.

Aceitar ou não uma recomendação das autoridades de saúde para se ficar em casa, por exemplo, em que pese todos os prejuízos, provoca comportamentos diversos entre populações do mundo inteiro. Mas os bons exemplos e resultados, ao menos nesta crise, surgem das que são obedientes ou mais racionais quanto à ameaça.

O primeiro passo é admiti-la. Por que razão o mundo todo se mobiliza contra o coronavírus? Ser racional nessa hora pode ajudar o cidadão a encontrar as respostas e seguir ao segundo passo: encarar os cenários. Não apenas a ciência, mas experiências em diversos países mostram o que de pior pode acontecer, como o colapso no sistema de saúde e a cruel necessidade de médicos escolherem quem vive e quem morre.

Num mundo globalizado como este, não é por acaso que uma doença que surgiu na China bate a nossa porta com imensa força, em tão pouco tempo. Dito isso, por que nós, do interior, haveríamos de menosprezar o que já ocorre nas capitais brasileiras, como em São Paulo, a menos de 200 quilômetros daqui? Para sairmos dessa, o recado continua o mesmo: fiquemos em casa.

O Liberal

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