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Editorial

Reflexos e… mais casos

Por Grupo Liberal

17 de abril de 2020, às 11h45 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h45

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19), pauta constante do LIBERAL e da maior parte da imprensa nacional e mundial, toma contornos cada vez mais graves pelo Brasil. Nas principais capitais do País, o número de casos cresce dia a dia, sem perspectiva de ser freado. Com uma curva ascendente de confirmações, há expectativa e prazo para que a rede de saúde comece a sentir a saturação.

Em São Paulo, pelo menos 199 cidades já registram pacientes com coronavírus. O número corresponde a quase um terço dos municípios paulistas. Nos últimos dias, tem ocorrido, em média, uma morte pela doença a cada 30 minutos e se projeta, de acordo com a evolução atual, que os leitos de UTI estejam cheios até maio.

Nesta quinta, o Estado contabilizava 11,5 mil casos e 853 mortes, quase metade do total de óbitos em todo o País, que chegou a 30 mil pacientes com diagnóstico positivo da Covid-19. O dia, porém, foi marcado por um movimento esperado do governo federal.

Com uma relação estremecida com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta teve sua demissão finalmente sacramentada pelo Planalto. Para o lugar dele, Bolsonaro anunciou Nelson Teich, oncologista, com experiência empresarial no setor, que é crítico à polarização entre saúde e economia no enfrentamento do novo coronavírus.

Apesar de mais alinhado ao presidente do que Mandetta, o novo ministro não defende o isolamento vertical, apenas para grupo de riscos, diferente do que pensa o chefe da República.

De Brasília para Americana, a cidade recebeu a notícia de dois grandes anúncios que medem o tamanho do impacto do coronavírus no cotidiano. A Goodyear, uma das maiores e mais tradicionais empresas do município, anunciou a suspensão de contratos de trabalho de funcionários por 30 dias. Ela dividirá o pagamento de 90% dos salários com o governo federal.

Ainda na cidade, o Clube dos Cavaleiros de Americana divulgou o adiamento da edição da Festa do Peão, que ocorre historicamente em junho e chega a reunir 50 mil pessoas nas noites de shows, uma decisão que, embora seja difícil, é acertada para o momento.

Os fatos mostram que estamos diante de uma situação histórica e inédita e há muito ainda a ser enfrentado e, com certeza, superado.

O Liberal

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