Você sabe, amigo, que quase toda profissão exige, além de muita dedicação e eficiência, que se coloque amor naquilo que se faz, para que “o produto” tenha um resultado ótimo.

Outras exigem dedicação total, porquanto cuidam do equilíbrio físico, mental e espiritual, porque lidam com gente. Isso acontece na área da saúde cada vez mais, seja pelas pandemias ou carências alimentares que provocam problemas graves.

E existe o magistério, aquela profissão sacerdócio que exige tudo e mais um pouco, tresdobrando-se em dedicação, afeto e idealismo no mais alto nível em tempo integral, porque cuida do ser humano de maneira abrangente, projetando, com esmero e afinco, o alicerce da Pátria desde sempre. Os relatos comprovam os feitos de heróis e heroínas desse sagrado mister.

De que necessitam os professores para desempenhar otimamente a profissão? De “diretrizes seguras desde lá de cima” e que sejam transmitidas como uma corrente contínua em todos os escalões, com o fito real de construir a cidadania consciente, obreira, colaborativa e moral, cada vez mais exigida nesses nossos áridos tempos de descrença geral.

Têm, os professores, cumprido à risca o seu ideal, habilitando-se e aperfeiçoando-se diuturnamente nos cursinhos oficiais ou na busca por si mesmos, para tão nobre e patriótica tarefa? Com certeza. Se mais não realizam e concretizam é porque lhes faltam meios e orientações que busquem o futuro da Pátria e do alunado sequioso por um amanhã mais risonho.

Têm ainda, os dignos mestres, necessidade de melhores salários para assim poderem se dedicar inteiramente a cada turno, evitando-se duplo e triplo período, algo a que já me submeti, semi esgotando-me.

Por tudo o que relatei – talvez esquecendo-me de algo pela minha provecta idade – há a necessidade urgente e imperiosa de se propor metas exequíveis e contínuas bem embasadas para o bom resultado final, a fim de construirmos a Pátria pretendida, sem sonhos quiméricos, mas com um pé na realidade nesse mundo cada vez mais dinâmico e exigente. Que se ofereçam meios, recursos, tecnologia e salário condizente. Mãos à obra o magistério colocará, como sempre fez ao longo dos séculos.

Parabéns colegas e amigos pelo merecido “Dia do Professor”, uma pálida homenagem pelo que ele representa como esteio da nacionalidade saudável e apta a mais altos e concretizáveis almejos. Q

João Rodella
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