Em uma eleição marcada pelo protagonismo de dois candidatos e uma terceira via que não passou nem perto de decolar, Chico Sardelli (PL) consolidou a força de seu governo e terá mais quatro anos para cuidar dos rumos de Americana.

Como mostra reportagem deste domingo, não houve urna sequer em que o ex-deputado tenha ficado atrás de Maria Giovana (PDT). Foram pouco mais de 85 mil votos e 72% dos votos válidos em um pleito de hegemonia histórica, dominado do início ao fim da apuração.

Ainda que a cidade conviva com pautas problemáticas, como a falta d’água, o resultado das eleições do último domingo mostram um voto de confiança na gestão de Sardelli. Não houve chance alguma para Giovana, que se viu derrotada mesmo em bairros periféricos onde havia sido a mais votada nas eleições de 2020.

Em uma eleição marcada ainda pelo faro ideológico dos eleitores, não restou nada de novo além do que Americana tem visto desde o final dos anos 90: mais um prefeito reeleito.

CÂMARA

Da mesma forma, a continuidade foi o que se viu nas eleições para a Câmara de Americana. O resultado foi a menor renovação na história, com 13 candidatos reeleitos. Por outro lado, o Poder Legislativo americanense terá, pela primeira vez, cinco mulheres no plenário. De perfis bastante diferentes, Professora Juliana (PT), Leonora Périco (PL), Roberta Lima (PRD), Jacira Chavare (Republicanos) e Talitha De Nadai (PDT) serão a maior bancada feminina que Americana já viu.

Em Santa Bárbara d’Oeste, o protagonismo feminino também foi o destaque. Esther Moraes (PV), a mais jovem vereadora eleita no município desde a redemocratização, não só conquistou a reeleição como o fez sendo a mais votada de 2024. Desta vez, será a única mulher – e a mais jovem vereadora novamente – em um plenário onde foi atacada por ser, justamente, mulher.

Como será a postura das novas vereadoras diante de uma política ainda dominada por homens? Espera-se que tais recados das urnas abram caminho para mudanças positivas.