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Editorial

Reconstrução em Carioba

Por Redação

10 de setembro de 2020, às 08h22

O cenário do complexo de fábricas de Carioba parece o de uma área de guerra. Pelas ruas do antigo e histórico bairro americanense, o que se vê são paredes ao chão, edificações pela metade, sem telhados, ferros retorcidos e o maquinário das empresas enegrecido pela fuligem e pelo fogo que atingiu o local no último sábado. Com a destruição, parte do patrimônio da história de Americana se foi. Mas, além deste drama, há também de se considerar o impacto humano do que este incêndio fez ocorrer.

O complexo de fábricas de Carioba tem os imóveis sob responsabilidade da Prefeitura de Americana. As pequenas empresas que operam nos galpões são, na verdade, permissionárias, ou seja, elas têm direito, junto ao município, para atuar no local sob algumas condições.

Conforme o LIBERAL mostrou em edição virtual desta quarta-feira, cerca de 100 trabalhadores do local estão com o futuro incerto. Eles são funcionários das fábricas têxteis que funcionavam nos galpões de Carioba, algumas de longa tradição familiar. No complexo, a reportagem colheu tristes depoimentos de quem sentiu a perda e não sabia muito quais seriam os rumos dali para frente.

Ainda na terça-feira, houve uma reunião entre representantes dos permissionários atingidos pelo incêndio e o governo municipal. O grupo de Carioba tenta obter, por exemplo, a suspensão dos alugueis e a disponibilização de linhas de crédito para ajudar na aquisição de novos maquinários.

O episódio exige um plano que se amolde a suas dimensões. O governo municipal, ciente de sua participação e de seu dever com o patrimônio público – caso dos imóveis do local, pode ajudar a liderar essa reconstrução de parte de Carioba junto aos empresários. Será preciso conciliar os desafios econômicos e históricos, sem cair em privilégios demasiados vantajosos.

O Liberal

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