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Editorial

Plano de retomada

Por Grupo Liberal

23 de abril de 2020, às 11h49 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h50

Pressionado por setores de serviços e comércio, por protestos contra a quarentena e em meio a um embate público com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre como lidar com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira um plano para a retomada das atividades da economia no Estado.

A reabertura, segundo o anúncio, será feita de forma gradual e levará em conta aspectos como a vulnerabilidade de um setor e os riscos de uma determinada localidade. A redução do isolamento considerará ainda o avanço da doença no Estado, que já soma mais de 15 mil casos e mil mortes, e a disponibilidade da estrutura de saúde, como leitos e testes da Covid-19.

Os detalhes do planejamento do governo estadual, denominado “Plano São Paulo”, não foram divulgados, o que frustrou associações comerciais da região. Segundo o governador, essas informações só serão passadas no dia 8 de maio, dois dias antes do fim do novo prazo da quarentena, que se encerraria nesta quarta.

Até o dia 8, não se sabe ainda o que poderá reabrir nem em quais condições. Esta definição deverá ser crucial para os próximos passos do trabalho frente ao coronavírus no Estado. Isso porque não se vê, por ora, segundo especialistas, um arrefecimento das contaminações capaz de tornar segura uma retomada total das atividades, ainda que sob medidas de higiene.

Nos planos do governo, entretanto, um grande porém pode fazer com que a reabertura não chegue de imediato à RPT (Região do Polo Têxtil). Conforme o LIBERAL já mostrou, os municípios locais são motivo de grande preocupação por estarem em uma região considerada “problemática ao extremo”, que mantém um fluxo intenso de pessoas que viajam para São Paulo e outras capitais, epicentros do coronavírus no País.

Infectologistas ouvidos pelo LIBERAL esperam ainda que as próximas duas semanas em Americana sejam de aumento nas internações e casos positivos. Por isso, alertam, a prática do isolamento social, bem como a de medidas de higiene continuarão sendo fundamentais para diminuir a circulação do vírus e, assim, quem sabe, tornar o cenário mais favorável a uma flexibilização segura das restrições.

O Liberal

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