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PCDs tratados como crianças

Hoje quero falar sobre um tema que, muitas vezes, passa despercebido, mas que afeta diretamente a vida de milhões de PCDs: a infantilização

Por Mari Chagas

22 de outubro de 2024, às 22h27

Hoje quero falar sobre um tema que, muitas vezes, passa despercebido, mas que afeta diretamente a vida de milhões de pessoas com deficiência (PCDs): a infantilização. Frequentemente, PCDs são tratados como se fossem eternamente crianças, e essa atitude reflete o capacitismo enraizado na sociedade.

Imagine-se na seguinte situação. Você é uma pessoa adulta, capaz de tomar suas próprias decisões, de ter a sua voz. No entanto, sempre que interage com outras pessoas, elas falam com você em um tom de voz infantilizado, como se você não fosse capaz de entender assuntos sérios (estamos falando de casos onde a pessoa não tem limitação intelectual). Além disso, suas opiniões e desejos são frequentemente ignorados, como se você não soubesse o que é melhor para si mesmo. Parece frustrante, não é?

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Essa é a realidade de muitos PCDs. Um exemplo claro disso é a maneira como, ao invés de perguntar diretamente a uma pessoa com deficiência sobre o que ela quer ou precisa, as pessoas ao seu redor tendem a dirigir essas perguntas a seus acompanhantes ou familiares, como se ela não tivesse capacidade de responder por si própria.

Essa infantilização não é apenas desrespeitosa, mas também extremamente limitante. Quando tratamos PCDs como eternas crianças negamos a elas a oportunidade de desenvolver sua autonomia e capacidade de tomar decisões. Isso perpetua estereótipos prejudiciais e contribui para a exclusão social.

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Todos nós temos a responsabilidade de refletir sobre nossas atitudes e buscar mudar essa realidade. Tratar PCDs com o respeito e a dignidade que merecem é fundamental para construirmos uma sociedade mais inclusiva e justa para todos.

Mari Chagas
Estudantes de jornalismo, uma mulher com deficiência, apaixonada pela vida.

Colaboração

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