Editorial
Pandemia: agravamento e esperança
Em meio à alta ocupação dos leitos, Americana vê início de junho com óbitos em números semelhantes a meses recordes; algo precisa ser feito
Por Redação
13 de junho de 2021, às 08h06 • Última atualização em 13 de junho de 2021, às 08h07
Link da matéria: https://liberal.com.br/colunas-e-blogs/pandemia-agravamento-e-esperanca/
O cenário das infecções por Covid-19 em Americana se agravou nos últimos dias, ainda que autoridades teimem em reconhecê-lo e propor medidas mais duras para evitar que a situação saia de controle. O LIBERAL mostrou, insistentemente, que a situação nos hospitais, ao menos em termos de número de internados, são as piores já registradas desde março do ano passado, quando esta crise sanitária de proporções mundiais, históricas, eclodiu.
Por três dias consecutivos, Americana viu seus quatro hospitais baterem números altíssimos de ocupação de leitos para pacientes confirmados ou com suspeita da Covid-19. Durante a semana, as internações passaram de 200. Diferentemente da segunda onda, entre março e abril, desta vez o patamar de internações parece se manter alto e duradouro. Tal situação ocorre após as flexibilizações, que, se por um lado, cobram conscientização da população, por outro, são um convite à retomada da sensação de normalidade. Mas não.
Esta nova onda de internações foi precedida de um recorde de casos de coronavírus em maio, conforme o LIBERAL revelou. E mais: o ritmo das mortes em junho continua tal como no início de março e no início de maio, respectivamente, o segundo e o terceiro mês com mais óbitos por Covid-19 na cidade. Está claro que medidas devem ser tomadas.
Por outro lado, a chegada das vacinas da Pfizer e a expectativa pela da Janssen, que deve ser distribuída a todo o Estado, conforme o LIBERAL mostrou neste sábado, são um sopro de esperança no processo de combate ao coronavírus.
A marca alcançada em Americana, de 100 mil doses aplicadas nestes primeiros cinco meses de vacinação, é significativa, mas a imunização precisa ganhar celeridade, especialmente neste momento em que a guarda da população parece estar mais baixa do que nunca. Para avançar, é preciso vacina. Que as doses não parem de chegar.
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