Por meio do seu Instagram assim comentou Alexandra Vedoveto, no Painel do Leitor do dia 5 de abril. “Só gostaria de saber para onde está indo todo esse dinheiro, pois as ruas de Americana são uma vergonha. Você tem que trafegar desviando dos buracos”.

Senhora Alexandra, me desculpe, mas acho que está exagerando um pouco. O nosso prefeito Chico Sardelli vem fazendo o possível para consertar muitos buracos da nossa cidade. Há ruas e avenidas que foram asfaltadas há 40 ou 50 anos. Os prefeitos anteriores pouco fizeram nesse setor. Eu acho que o atual chefe do Executivo está fazendo até bastante. Os buracos nas ruas existem em muitas cidades do nosso Estado e do Brasil, até mesmo os municípios mais novos.

Já as ruas mais antigas, dos séculos 18 e 19, eram calçadas pelas pedras de paralelepípedos. Essas pedras duravam bem mais do que as asfaltadas. Para exemplificar temos a cidade de Campinas em que todas as ruas eram de paralelepípedos. As descobertas dessas pedras foram feitas pelo engenheiro escocês John Loudon McAdam, em 1756, portanto, isso no século 18. Ele faleceu em 1836, com 80 anos, na mesma Escócia. Ele foi o primeiro a executar o sistema de pavimentação de estradas com pedras britadas, que leva até hoje o seu nome: Macadame.

Macadame, sim, de McAdam, N.BR. A primeira base de pavimento era formada de uma ou mais camadas de pedras britadas e material de enchimento, aglutinados pela água. E, finalmente, ligado por material betuminoso.

Por longos 83 anos, as ruas e avenidas da velha Europa eram todas macadamizadas, até que, em 1859, o engenheiro e físico norte-americano Edwin Drake descobriu o primeiro poço petrolífero nos Estados Unidos. Com isso, do petróleo saíram vários derivados, inclusive o piche do asfalto. E as pedras macadames foram abolidas das ruas e avenidas das cidades do mundo.

Eduardo Paparotti
Aposentado