Para grande parte da tradicional elite e seus seguidores com ideias e preconceitos, desde a proclamação da famosa independência, a nossa justiça atual não presta, a CPI não presta e a Constituição não presta. É isso que essa gente habituada ao poder pensa e ridiculariza os poderes constituídos pelo povo, como a CPI e o STJ.

E justamente no momento que está sendo comprovada a corrupção pela compra da vacina contra a Covid-19. Para esse grupo poderoso a justiça brasileira só é eficiente quando lhes é subserviente, subordinável. Essa desgraça pior que a pandemia desse vírus vem desde a independência do Brasil de Portugal.

Desde a proclamação da independência grande parte dessa elite usou as rédeas do poder, onde uma parcela dos subordinados era dos militares, do Legislativo, Judiciário e do Executivo. Em todo esse tempo, a elite concentrou a renda negando ajuda à educação, para a saúde e à casa própria para que todos pudessem estruturar seus lares.

O resultado disso tudo é que temos as favelas, gente morando sob pontes ou ao lado de rios e córregos fedorentos. O povão sofredor até hoje é considerado por essa elite da sociedade como grande massa descartável
Essa tragédia vem de longe, desde 1891, pois os direitos sociais não foram abordados na Constituição daquela época.

Washington Luiz, presidente entre 1926 e 1930, considerava os direitos sociais como “caso de polícia”, e Campos Sales (1898-1902) falava que a opinião da população e seus direitos não importavam. Isso foi em 1898 e até hoje não mudou quase nada.

A população ainda sofre com as necessidades básicas! E ainda vemos, conforme a CPI do Senado, um lobista negacionista, preconceituoso e corrupto dizer “que a vacina produzida por nosso heroico Instituto Butantan é um lixo! ”. Confiamos na nobre justiça e na urna para poder limpar de uma vez por todos este o verdadeiro lixo que a cada dia assola o nosso País!

Oswaldo Vicentin é contador, jornalista e escritor