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Carreira & RH

Não somos definidos pelos nossos traumas do passado

É importante entender que essas cicatrizes invisíveis moldam nossas vidas de maneira profunda e duradoura

Por Marcos Tonin

28 de julho de 2024, às 11h09

No tecido da nossa jornada existe um mundo interno, no qual as feridas emocionais muitas vezes são negligenciadas, mas é importante entender que essas cicatrizes invisíveis moldam nossas vidas de maneira profunda e duradoura. Carregamos dentro de nós experiências dolorosas do passado, que nos deixaram marcados e que se transformam em obstáculos silenciosos que limitam nossas possibilidades futuras de carreira, relacionamentos e nossa forma de receber afeto, reconhecimento, relação com o dinheiro e sucesso.

Desde a infância, somos vulneráveis a situações difíceis envolvendo pais e mães, que podem deixar marcas indeléveis em nossa psique. A forma como fomos criados, as palavras que ouvimos, os eventos que testemunhamos – todos esses elementos contribuem para moldar nossa visão de mundo e nossa autoimagem. Infelizmente, vejo em meu escritório que muitos dos traumas não resolvidos podem paralisar vidas, impedindo-nos de alcançar nosso potencial pleno.

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Em muitos casos, indivíduos crescem carregando o fardo de se verem como culpados ou vítimas, prisões mentais que limitam a capacidade de construir relacionamentos saudáveis, de prosperar profissionalmente e de buscar a felicidade pessoal. As experiências traumáticas não tratadas podem se manifestar em formas diversas, como ansiedade crônica, falta de autoconfiança ou medo do fracasso, o que acaba sabotando conquistas e êxitos futuros.

No contexto profissional, vejo pessoas talentosas e motivadas sendo barradas por barreiras invisíveis que elas mesmas não entendem completamente. A frustração com carreiras estagnadas e negócios fracassados muitas vezes tem raízes profundas em feridas emocionais não curadas. A dificuldade em estabelecer limites, em confiar nos outros ou em assumir riscos calculados pode trazer de volta a experiências dolorosas que deixaram suas marcas no inconsciente.

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É importante a coragem e compaixão para seguir. Buscar ajuda profissional para um processo terapêutico junto com o apoio de amigos e familiares ou práticas de autocuidado, podem ser o primeiro passo para entender e desatar os nós que nos mantêm presos ao passado, e o mais importante, reconhecer que não somos definidos por nossos traumas, mas sim pela forma como escolhemos lidar com eles, que é essencial para abrir caminho para um futuro mais livre e pleno.

Em última análise, todos carregamos histórias complexas dentro de nós. Aceitar e trabalhar com nossas feridas emocionais não é sinal de fraqueza, mas sim de força e autocompaixão. Somente ao curar essas cicatrizes invisíveis podemos verdadeiramente alcançar nosso potencial máximo e construir vidas que são verdadeiramente nossas.

Portanto, que possamos todos nos comprometer a não deixar que o peso do passado nos impeça de voar em direção ao futuro que merecemos. A jornada para a cura emocional pode ser difícil, mas é um investimento inestimável em nosso próprio bem-estar e felicidade duradoura.

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Marcos Tonin

Marcos Tonin, especialista na área de gestão e liderança, fala sobre mercado de trabalho em textos quinzenais