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Carreira & RH

Mediocridade e a era da Inteligência Artificial

Por Marcos Tonin

28 de outubro de 2024, às 10h49

A insatisfação no ambiente de trabalho e a mediocridade de alguns profissionais estão se tornando catalisadores para que as empresas invistam cada vez mais em tecnologia e inteligência artificial (IA). Profissionais com baixo envolvimento não apenas afetam a moral da equipe, mas também comprometem a qualidade dos serviços prestados. Segundo um estudo da Gallup, um funcionário com baixo engajamento pode custar às empresas até 34% de sua remuneração anual em perda de produtividade.

A baixa qualidade dos serviços, seja em produção, entrega, gestão de projetos ou atendimento ao cliente, tem levado as empresas a perceberem que precisam automatizar processos e inovar constantemente. Um estudo da Harvard Business Review aponta que organizações que priorizam a qualidade em seus serviços têm um crescimento de receita de 4% a 8% acima do mercado. Esse foco na qualidade é crucial em um cenário onde a competição é acirrada e os consumidores são cada vez mais exigentes. Além disso, a implementação de soluções digitais e de IA pode minimizar o impacto negativo de profissionais com baixo envolvimento.

A inteligência artificial tem a capacidade de otimizar processos, reduzir erros e melhorar a eficiência operacional. No entanto, mesmo com a automatização, o fator humano continua sendo essencial. Um relatório da Deloitte indica que 85% das interações com clientes ainda exigem um toque humano, ressaltando a importância de profissionais capacitados que compreendam as nuances de suas funções.

Diante disso, a empregabilidade futura estará nas mãos dos profissionais que continuarem se desenvolvendo, seja em áreas técnicas, como análise de dados e gerenciamento de projetos, ou em competências interpessoais, como gestão de crises e trabalho em equipe. Embora a IA possa substituir várias funções, a habilidade de construir relações e a capacidade de adaptação serão a chave para se destacar no mercado de trabalho. Profissionais que investem em suas habilidades estarão sempre em demanda, pois as empresas precisarão de pessoas que possam navegar nas complexidades de um ambiente em constante mudança.

A corrida digital não se resume apenas à adoção de tecnologia; é também sobre como as empresas e os profissionais se adaptam a um novo cenário de trabalho. A verdadeira transformação ocorrerá quando as organizações perceberem que o investimento em tecnologia deve ser acompanhado pelo desenvolvimento contínuo de suas equipes, garantindo que a qualidade dos serviços se mantenha elevada em todos os níveis. 

Marcos Tonin
Executivo de RH e Coach C-Level
tonin.marcos@gmail.com

Marcos Tonin

Marcos Tonin, especialista na área de gestão e liderança, fala sobre mercado de trabalho em textos quinzenais