No início da última semana, o LIBERAL destacou, em manchete, uma análise do Instituto Sou da Paz, referência em estudos sobre segurança pública no País, que trazia uma boa notícia para a região. Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Americana estão entre as 10 cidades mais seguras do Estado dentre os 136 municípios paulistas com 50 mil habitantes ou mais.

O estudo tomou com base dados de 2022, da SSP (Secretaria Estadual da Segurança Pública) sobre crimes como homicídio, roubos e estupro para formar o que se chama de Índice de Exposição aos Crimes Violentos.

A repercussão da reportagem nas redes sociais levou a comentários em sentido contrário, de que a região não é essa paz que o estudo parece demonstrar. Na verdade, a análise não afirma que não há crime, mas que o índice de delitos, especialmente na comparação relativa, com base nas populações das cidades, tem níveis baixos na comparação com outros municípios.

De fato, nos últimos anos a região tem assistido a um grande declínio nas estatísticas criminais. Neste ano, por exemplo, o total de roubos registrados nas três cidades caminha para um patamar histórico de menor número de casos nos últimos anos. Isso em um período já de normalidade após a pandemia, que se tornou um asterisco para efeitos estatísticos.

Crimes como homicídios continuam ocorrendo, também em baixos patamares, mas com características muito individuais: são brigas passionais, desacertos e vinganças. Já ocorrências como o estupro caminham na direção contrária, com alta especialmente em Americana, o que pode indicar não apenas um aumento no número de crimes, mas de denúncias – já que para tal delito, a chance de subnotificação é alta.

Considerando o contexto que vivemos, em uma região populosa, intensamente urbanizada e bem desenvolvida, próxima à capital, resultado como este do ranking é de se comemorar. Que os avanços continuem.