Em seus últimos anos como um sexagenário, os desafios do LIBERAL são os de sempre. Como podemos produzir um conteúdo relevante e atrativo para a comunidade diante da multiplicação de fontes alternativas de informação, muitas delas falsas, enviesadas ou descompromissadas com o dever de informar?

Como podemos prosperar fazendo Jornalismo e nos diferenciarmos num ambiente digital marcado por uma concorrência desleal que está mais interessada em cliques para conseguir dinheiro, ou pior, em servir a interesses políticos, também a troco de uns trocados?

Como resistir a bravatas e ofensas disparadas por integrantes do poder público, reverberadas e reproduzidas pelos leões de teclado das redes sociais, que chamam jornalistas e jornais de comunistas, esquerdistas e toda a sorte de adjetivos pelo simples prazer ou ódio de, geralmente, não concordar com algo de errado que está sendo mostrado?

O lema que guia este jornal é o começo da resposta para todas estas perguntas. No coração e no espírito, o compromisso com a verdade é diariamente exercido no trabalho de jornalistas e demais colaboradores do LIBERAL. E ainda que na melhor das intenções seja inevitável escapar dos erros, vê-se que os nossos acertos são o que nos define. A prática diária do lema estampado na capa deste jornal é o que construiu e o que sustenta sua sólida credibilidade perante os mais variados leitores.

Nos últimos anos, o LIBERAL, como grande parte das publicações impressas, enfrenta o dilema de se manter viável. Há um desequilíbrio entre custos e receitas no mercado como um todo, agravado agora pela pandemia.

Eis um caminho árduo a ser atravessado, mas pelo qual o LIBERAL, aos 68 anos, se orgulha de fazê-lo de pé graças ao apoio de seus milhares de leitores e assinantes. Que assim seja aos 69, aos 70 e mais. Vamos em frente.