Quando falamos em cooperativas de crédito é importante reforçar que estamos nos referindo a um sistema financeiro baseado na cooperação e colaboração de todos que participam daquela instituição, principalmente os cooperado.

Com base nisso é compreensível que a cooperativa tenha o dever de fazer o melhor possível para que os seus associados, ou seja, essas pessoas que acreditam na cooperativa e que, fazendo parte dela também se tornam “donos”, sejam beneficiados com todas as ações desenvolvidas.

É aí que entra o investimento: quando alguém opta por investir uma quantia de dinheiro em qualquer produto (seja ele renda fixa ou mesmo variável e risco), essa pessoa investe considerando o retorno que terá com aquela ação. E é exatamente isso que os bancos e corretoras entregam: um percentual de rendimento de acordo com o valor investido e a depender do produto escolhido. Mas existe algo a mais além dessa “ponte” entre o dinheiro e o investimento.

Os bancos e corretoras tradicionais também têm interesses próprios que giram em torno da margem de lucro adquirida com aquele investimento. Isso porque essas empresas visam o lucro, já que são instituições privadas e com interesses (assim como qualquer outra).

O que muda na cooperativa é que o interesse em obter “lucro” é de todos, afinal, como todos são os donos do negócio, todos recebem as chamadas “sobras” no final do exercício (que seria o lucro).

Ou seja, escolher investir por meio de uma cooperativa de crédito é interessante para o cooperado porque ele está firmado no propósito cooperativista que diz respeito ao benefício para o associado. Assim, o suporte de especialistas será mais individual e cuidadoso, com gente que realmente quer saber e entender o perfil de investidor de cada um e estudar junto à pessoa quais são os melhores investimentos para aquele momento de sua vida e que melhor se encaixam com seus objetivos.

Além disso, as cooperativas vão oferecer melhores condições para que a carteira de ativos do cooperado seja a melhor para o momento em que ele vive. Isso tudo tem a ver com os princípios cooperativistas e a justiça financeira que é tão importante para que as pessoas se desenvolvam.

Então a resposta para a pergunta desse artigo é que sim: vale a pena investir por meio de cooperativas, afinal, são elas que acreditam no cooperado e que fazem o possível para que ele tenha sua liberdade financeira junto ao crescimento dele, e da instituição.

Paulo Massarutto – Diretor Administrativo Financeiro da Cocre.