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Histórias do Coração

Hedy e Nivaldo

Aqueles que acreditam no amor têm, na esperança de encontrá-lo, uma espécie de força que dá impulso aos seus atos

Por Carla Moro

10 de outubro de 2021, às 10h00 • Última atualização em 10 de outubro de 2021, às 10h01

12 de junho de 2008 – Parte I

Em 2008, quando conheceu o Nivaldo, a Hedy trabalhava como representante de uma marca de maquiagens e estava sempre viajando. Depois de muitos anos sozinha, o trabalho ocupava todos os espaços da sua vida e ela já não esperava encontrar um companheiro.

Muitas vezes, tenho a impressão de que o amor gosta de brincar de se esconder. Um dos grandes clichês das histórias de amor é a ideia de que, para encontrar o amor, devemos parar de procurá-lo. Não concordo. Aqueles que acreditam no amor têm, na esperança de encontrá-lo, uma espécie de força que dá impulso aos seus atos.

Hedy e Nivaldo – Foto: Arquivo Pessoal

No dia 11 de junho de 2008, a Hedy viajou até Tatuí, onde faria o treinamento da funcionária de uma loja de roupas esportivas. Por conta do dia dos namorados, haveria um evento para os clientes da loja. Porém, como obra do acaso, a funcionária ficou doente e, na manhã do dia 12 de junho, a Hedy saiu do hotel para fazer o evento na loja.

A mudança nos planos foi só o primeiro imprevisto naquele dia. Uma sucessão de outros acasos seria responsável pelo encontro da Hedy com o Nivaldo. O evento deveria acontecer até às 14h. Em seguida, a Hedy pegaria o ônibus para viajar até Sorocaba e cumprir outros compromissos de trabalho.

No dia 12 de junho, ela não só trabalhou até às 21h, como perdeu o ônibus para Sorocaba e precisou de uma carona até lá. Já se pode desconfiar de quem deu essa carona, mas não vamos nos adiantar na narrativa. Neste ponto da história, o amor ainda está brincando de se esconder com o nosso casal.

Há outro clichê que costuma acompanhar grandes histórias de amor: a presença de uma terceira pessoa que apresenta o casal. Fosse essa história um conto de fadas e essa pessoa seria uma espécie de fada madrinha, que vai mexendo os pauzinhos, ou os acasos.

Na história da Hedy e do Nivaldo, essa pessoa foi o Sr. James, dono da loja na qual a Hedy trabalharia e onde, coincidentemente, o Nivaldo também estava, porque era representante de vendas.

Sabendo que o Nivaldo era de Campinas, caminho para Sorocaba, e precisando que a Hedy ficasse até mais tarde, o Sr. James juntou o nosso casal: pediu ao Nivaldo que também ficasse até um pouco mais tarde para poder dar uma carona para a representante da marca de cosméticos. Até o fim daquele dia dos namorados, o nosso casal não se encontraria.

Quando o evento acabou, o Sr. James finalmente apresentou a Hedy ao Nivaldo. Aos leitores que gostam dos clichês, sinto informar que não houve amor à primeira vista, apenas timidez. Sem graça, os dois seguiram viagem até Sorocaba. Mais uma vez, por obra do acaso, o Nivaldo tinha um cliente para visitar ali por perto e resolveu hospedar-se também no hotel em que a Hedy estava.

Despediram-se no dia seguinte, mas houve tempo para o Nivaldo dizer o quanto tinha sido bom conhecer a Hedy. Naquele dia à noite, encontraram-se novamente para bater um papo, como conta a Hedy.

Como essa sucessão de acasos transformou-se na história do coração que começo a contar hoje, o leitor poderá saber um outro dia. Afinal, o suspense também faz parte dos clichês de uma boa história de amor.

Carla Moro
Quer contar sua história? Me mande uma mensagem no e-mail abaixo:
colunahistoriasdocoracao@gmail.com

Carla Moro

Formada em Letras pela Unesp, Carla Moro faz neste blog um registro da trajetória dos casais! Quer sugerir sua história para a coluna? Envie um e-mail para colunahistoriasdocoracao@gmail.com