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Gratidão ao cientista Santos Dumont – 3ª parte
Por Carlos Roberto Bertollo
23 de agosto de 2020, às 08h00 • Última atualização em 23 de agosto de 2020, às 08h38
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Em 1891, com 18 anos de idade, Santos Dumont foi com a família passear na França e lá se encantou com o automóvel, sua segunda paixão. Na fábrica da Peugeot, ele compra um carro e o transporta de navio para o Brasil. Este foi o primeiro automóvel que aportou em nossa terra tupiniquim. Na França, por acreditar que o futuro da aviação era o desenvolvimento dos motores a petróleo, se dedica a este projeto. Foi a partir de um motor retirado de seu triciclo motorizado, o transforma em um motor tandem a petróleo de dois cilindros, alimentado por um carburador. Com esta modificação, tornou-o mais potente. Uma inovação para a época.
Com esta tecnologia implantada em seus aeróstatos, foi com dirigível número 6 que o grande cientista conquista o prêmio Deutsch, se tornando o primeiro homem no mundo a conduzir e ter total controle de uma máquina voadora. Vale lembrar que nesta época ele ainda não tinha voado com o aeroplano 14 bis, mas já era celebridade mundial. Com ampla repercussão, em 1902 ele visita os Estados Unidos, recebendo homenagens do Presidente Theodore Roosevelt e o inventor Thomas Edson.
Fascinado pelo automobilismo, a fabricante de automóveis The Columbus Motor Vehicle Co. lhe presta uma homenagem, associando seus veículos ao nome do genial cientista brasileiro. Com o slogan “This one Flies, but never Falters” (Este voa, mas nunca vacila) o automóvel modelo Santos Dumont foi lançado em 1902. Valendo na época 1.800 dólares, esta linha de produção perdurou até 1904. Na década de 1920, a francesa Farman, fabricante de aviões e automóveis homenageia o “Pai da Aviação” adotando sobre o capô dos seus automóveis uma estatueta de Ícaro, réplica do monumento erigido em 1913 em Saint Cloud na França, homenageando Santos Dumont “Pioneiro da locomoção aérea”.
Carlos Roberto Bertollo é estudioso da lenda de Ícaro e criador de réplicas de aeronaves
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