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Editorial

Fogo em Carioba

Por Redação

08 de setembro de 2020, às 08h08

A história de Carioba, e a maneira como ela se confunde com a de Americana, é contada com orgulho por americanenses, muitos deles testemunhas oculares, com memórias vívidas do auge do bairro.

A vila operária que se formou justamente por conta dos galpões da grande fábrica homônima ao local ajudou a pavimentar a evolução de Americana. Das suas necessidades estruturais, vieram benefícios para os moradores da época, como o asfalto e a energia elétrica, um luxo de poucos.

Por isso, o incêndio que devorou parte dos galpões industriais de Carioba no último sábado não pode ser mais lamentável. A coluna de fumaça vista no horizonte levou com ela parte da história da cidade.

As chamas destruíram não apenas o trabalho de empresários e industriários da cidade, que ainda resistem no local, mas também as poucas reminiscências que existem no município.

Não foi a primeira vez nos últimos anos que situação do tipo ocorreu por lá. Em outubro de 2011, como o LIBERAL contou na época, um incêndio destruiu o prédio histórico onde funcionou a primeira escola de Americana, o Grupo Escolar de Carioba. O imóvel, tombado, completaria 100 anos em 2012, e abrigava a escola de samba Imperatriz Americanense, que perdeu fantasias e alegorias que utilizaria nos desfiles.

Após o incêndio, voltam a surgir dúvidas sobre a segurança do local. A tragédia – que felizmente não resultou em vítimas – deve servir como um alerta máximo dos perigos que rondam os galpões do antigo bairro.

A investigação pode ajudar a dar uma causa para o fogo, mas é preciso que os responsáveis pelo local e por sua fiscalização tenham consciência de que o espaço não é uma área qualquer de Americana. O incêndio é um aviso de que se pode e se deve fazer mais pelo patrimônio desta cidade.

O Liberal

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