Hoje resolvi falar do amor. Amor incondicional que ofertamos, ou melhor, que deveríamos ofertar a todos aqueles que nos rodeiam em nossa vida. No contexto que vivemos parece um tema sem importância, mas pode sim fazer a diferença, na medida em que a afetividade é um dos pilares que nos edificam enquanto pessoas.

Por nossa porção essencialmente humana, somos e seremos em algum momento da vida carentes de afeto. Quanto bem faz um abraço. Como é maravilhoso sentir-se amado e querido por alguém. Momento indescritível, onde trocamos energias com pessoas especiais.

Mas as restrições impostas e o receio do contágio, devido à pandemia da Covid-19, ceifaram das relações este gesto tão sublime e reconfortante.

Vale também imaginar que o gênio da lâmpada atenderia a um pedido nosso: de que o tempo parasse. E que a pandemia de fato acabasse, e tudo pudesse voltar à normalidade, como era antes. Assim teríamos a felicidade de ficar para sempre abraçadinhos junto àqueles que amamos.

As ilusões já não fazem mais parte do inconsciente coletivo da grande maioria das pessoas. Pois as questões emergenciais ocupam todos os espaços e as prioridades.

O enfrentamento das atribuições cotidianas e a busca por recursos financeiros nos consomem por completo.

E nessa inconstância é que o tempo passa, a vida termina e no instante de fechar os olhos para uma próxima parada é que descobrimos que apenas passamos pela vida sem vivê-la de fato.

Somente nessa hora é que percebemos que ficamos desnutridos e enfermos na alma, pois faltou-nos a energia do amor.

Amigo leitor, dedique-se a cultivar esse sentimento, pois é desgastante demais viver em guerra mental o tempo todo, e ainda contribui para que as coisas não evoluam como deveriam. Leveza de alma faz um bem danado.

Katya Forti é pedagoga