Como ex-assessor parlamentar do deputado federal Paulo Maluf faço uma análise da excelente matéria do Jornal LIBERAL, do jornalista Gabriel Pitor, publicada no dia 28 de abril. “Em 10 anos, eleitorado com 60 anos ou mais cresceu 55% em Americana e região”. Número de eleitores idosos subiu de 98,8 mil para 153,2 mil entre 2014 e 2024 segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e levantamento do LIBERAL.

Atualmente, 153,2 mil pessoas com 60 anos ou mais estão aptas a votar na RPT (Região do Polo Têxtil), enquanto em 2014 os eleitores idosos eram 98,8 mil. Dos 724,6 mil eleitores da região, 21% pertencem a esse público alvo. A porcentagem aumentou na última década já que em 2014 os idosos representavam 15% do total. Conforme dados, Americana é o município da RPT com eleitorado mais idoso.

Em Americana, 27% do total de votantes (181,5 mil) têm 60 anos ou mais. Depois aparece Santa Bárbara com 21% e Nova Odessa com 20%. Cidades da região com menor eleitores idosos são Sumaré, com 20%, e Hortolândia, com 17%. O processo se explica pela estagnação da população, entre outras necessidades.

A conquista do voto desse público é vista como decisiva, pois muitos são pais de família e podem reunir votos de filhos, netos e parentes. Hoje muito mais que as TVs para atingir os idosos temos as redes sociais e rádios. A eleição de 2024 será curta para “furar sapato e amassar barro”.

A polarização política sempre existiu e se acirrou a partir das eleições de 2018. Os idosos com 70 anos não são obrigados a votar, mas com a polarização aumentou a vontade do conhecimento da política e a manutenção do conservadorismo. Sendo isso, os idosos que não votavam passaram a votar. Com certeza, os eleitores idosos vão decidir as eleições desse ano. 

João Tavares
Ex-assessor parlamentar